Aprovado o primeiro mestrado do Campus dos Malês
O mestrado, que teve sua aprovação publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (12), será em “Estudos de Linguagens: contextos lusófonos Brasil-África”
O Mestrado em Estudos de Linguagens: contextos lusófonos Brasil-África foi aprovado nesta quinta-feira (12 de agosto), no Diário Oficial da União. O curso irá ofertar 20 vagas em três linhas de pesquisas: Afrobrasilidades e Africanidades – Linguagens e Culturas; Estudos Linguísticos e suas Interfaces; e Estudos das linguagens em contextos educacionais formais e não formais. Esse é o primeiro mestrado aprovado, que será ministrado no campus dos Malês. O primeiro edital de seleção será publicado ainda este ano e as aulas da primeira turma terão início no primeiro trimestre de 2022.
“Nosso programa de Mestrado em Estudos de Linguagens: Contextos Lusófonos Brasil-África será a primeira experiência com a pós-graduação stricto sensu. Já foi uma intenção, depois um sonho, virou uma ideia, depois um projeto. Ideias movidas por ações comprometidas com uma sociedade antirracista, comprometida com a ciência, e costurada pelos fios do afeto e da coragem, fazem do MEL (forma carinhosa que designamos para nomear) uma nova vestimenta para os corpos que habitaram, habitam e habitarão o Campus do Malês!”, afirma a coordenadora do mestrado Eliane Gonçalves da Costa. Segundo o professor Pedro Leyva, diretor do Instituto de Humanidades e Letras (IHL), esse “mestrado é um espaço de construção e reafirmação de nova e velhas lutas das identidades do Recôncavo da Bahia, através do estudo das diferentes formas da linguagens. As africanidades, as linguagens e o contexto da CPLP alcançarão proporções inimagináveis de integração acadêmica e solidária”, destaca o docente.
Internamente, a tramitação do Programa teve início em 2019 e contou com a construção coletiva de docentes do Instituto de Humanidades e Letras (IHL) do Campus dos Malês, com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – dos professores Albanise Barbosa e Olavo Garantizado -, além das Coordenações de Pós-graduação da PROPPG.
O reitor da Unilab, Roque Albuquerque, relembra a trajetória até a aprovação do mestrado e celebra a conquista. “Tão logo soube da reunião com a comissão da Capes, me ofereci para participar, pois vejo como uma honra para mim, como baiano, alcançar uma conquista desse tamanho. Quando soube que o processo estava atrasado, agendei uma visita à Capes com a própria presidente, Dra. Cláudia Toledo, para pedir celeridade na nossa proposta. Na ocasião, falei diretamente com o parecerista do CNE, pedindo celeridade na aprovação, pois se tratava de um anseio do IHLM. Agora é muito mais que isso. Precisamos ampliar as pesquisas, precisamos publicar cada vez mais e sonhar com o doutorado logo logo. Gostaria de parabenizar o IHLM e os futuros pesquisadores e pesquisadoras”, declarou.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Olavo Garantizado, reforça que o novo mestrado é importante para a expansão da pós-graduação da universidade. “A aprovação do primeiro mestrado do Campus dos Malês é um importante marco para o processo de expansão da pós-graduação na Unilab e fortalecerá as ações de pesquisa de nossa instituição na Bahia. Parabenizo o corpo docente pelo compromisso institucional e por essa vitória do trabalho coletivo”, disse.
“Hoje, 12 de agosto, honramos a Revolta dos Búzios ou Revolta dos Alfaiates – movimento de libertação ocorrido na Bahia, no final do século XVIII. Hoje, 12 de agosto, é publicada no Diário Oficial da União a aprovação do Mestrado em Estudos de Linguagens: Contextos Lusófonos Brasil-África. Recebemos a visita de avaliação da Capes em formato online, já durante a pandemia, mas seguimos confiantes de que os desafios seriam superados. A publicação, hoje, é mais um passo para a consolidação da Unilab na Bahia, para o cumprimento de nossa missão institucional de ofertar ensino superior gratuito, democrático, plural e de excelência”, coloca a diretora do campus dos Malês, Mirian Reis. Ainda segundo a diretora, “sabemos das dificuldades, sobretudo de infraestrutura que o Campus dos Malês vivencia, mas acreditamos que essas barreiras serão superadas e, assim como os que vieram antes de nós – tupinambás, aymorés, alfaiates, guanais, sabinos, Malês – seguiremos o compromisso de promover emancipação e justiça social”, complementa.
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