Unilab fará missão internacional a Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe
A próxima missão internacional da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), dentro do projeto “Unilab CPLP 11 anos depois”, está agendada para novembro em Angola. Ainda este ano, estão previstas, também, missões oficiais em Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Essas visitas internacionais visam, entre outros objetivos, a uma reaproximação com os países parceiros da Unilab, apresentação de relatório com resultados da formação dos estudantes internacionais e estabelecimento e renovação de parcerias e acordos. Essas missões buscam também atuar no processo seletivo para estudantes internacionais dos países parceiros.
O reitor Roque Albuquerque enfatiza que trata-se também de uma ação diplomática para estreitar relações e solicitar apoio aos estudantes. “A importância maior é a sinalização para os países parceiros da Unilab de que estamos ativos e comprometidos com a nossa missão de criação, que é ser uma universidade internacional, a partir do seu DNA. Os países já sabem que a Unilab está de volta com força na internacionalização, e agora chegou o momento de concretização dessa cooperação solidária no eixo Sul-Sul. E, a partir daí, nós estamos tentando estreitar esses laços e solicitar a cada país parceiro para nos auxiliar, a fim de cuidarmos melhor dos estudantes internacionais, com bolsas de estudo para os estudantes”, contextualiza Albuquerque.
“É importante essa missão internacional para mostrar interesse e a importância da Unilab, de cada vez mais ter essa cooperação de mão dupla – a Unilab entrando com recursos humanos, formação de quadros e os países auxiliando com bolsas e auxílios em relação aos seus cidadãos. Então isso é de extrema importância a presença dessa nova gestão nos países parceiros para reforçar o compromisso com a internacionalização e a importância da Unilab nesses países e, consequentemente, na própria plataforma educacional da CPLP”, afirma a pró-reitora Artemisa Candé Monteiro, da Pró-Reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (Prointer).
Ainda segundo Candé Monteiro, há uma necessidade também de reavaliar e reativar parceria com atores estratégicos: governos, embaixadas, outras instituições de educação superior, setor privado, sociedade civil, entre outros dos países da CPLP. “Com um alto grau de formação do corpo docente (96% com titulação de doutorado), a Unilab tem o interesse de avançar cada vez mais no estabelecimento de parcerias que viabilizem a inserção em programas de mobilidade docente e discente, a internacionalização de currículos, a dupla diplomação, as redes interinstitucionais, o financiamento de pesquisa e a produção de conhecimento com universidades dos países parceiros da CPLP”, avalia Artemisa Candé Monteiro.
Unilab e Angola
Para missão em Angola e Guiné-Bissau, a Unilab será representada pelo reitor Roque Albuquerque e a pró-reitora Artemisa Candé Monteiro, que inclusive reuniram-se no dia 21 de outubro, para acertar encaminhamentos, com representantes da diplomacia de Angola: Mário Cabral, embaixador de Angola; Cristiano Micolo, conselheiro da Embaixada de Angola; e Francisco Bango, responsável pelo setor consular da Embaixada. Ficou acordado que a missão a Angola da Unilab será acompanhada por uma delegação da embaixada angolana no Brasil.
Nessa missão, estão previstas audiências e encontros com a presidência da república angolana, com diversos ministérios de Angola, como Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e ainda o Ministério das Relações Exteriores. A programação inclui ainda reuniões no Instituto Nacional de Gestão de Bolsas, Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos, Instituto Superior de Ciências da Educação em Luanda, além de universidades angolanas e pontos focais da Rede de Instituições públicas da Educação Superior da CPLP – RIPES. Em Angola, a missão inclui também a aplicação do processo seletivo de estudantes estrangeiros – PSEE que, este ano, pela primeira vez será aberto para entradas em três semestres: 2021.2, 2022.1 e 2022.2.
Missões oficiais em Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe
A reaproximação com países parceiros inclui retorno a Guiné-Bissau, país onde, em maio de 2021, foi realizada uma missão oficial presencial – inclusive com encontro com o presidente do país guineense – , pela pró-reitora Artemisa Candé Monteiro. Atualmente, estão avançadas tratativas diplomáticas com Angola e Guiné-Bissau para que estes países ofereçam bolsas de estudos para seus cidadãos cursarem graduação e pós-graduação na Unilab. O diagnóstico feito pela Prointer aponta que uma missão Internacional, com a presença do reitor e de pró-reitores/as facilitaria o acesso ao poder decisório.
Em outra missão, em Moçambique, entre outros pontos, visa a um melhor alinhamento com o Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique (IBE). Em São Tomé e Príncipe também está prevista uma missão internacional, que será integrada pela vice-reitora da Unilab, Cláudia Carioca. Atualmente, Moçambique oferta 170 bolsas anuais para cidadãos moçambicanos cursarem graduação (150 bolsas) e pós-graduação (20 bolsas) na Unilab, e 8 para mobilidade dos técnicos administrativos. São Tomé e Príncipe está em fase de construção de um plano de trabalho conjunto com a Unilab para ofertar, anualmente, 100 bolsas anuais para estudantes oriundos desse país cursarem graduação na universidade.
Na missão a esses países estão previstas visitas a diversos ministérios, universidades, institutos de ensino superior, pesquisa e também de bolsas de estudos, além de encontros com representações diplomáticas e governamentais dessas nações. Essas missões incluem, ainda, a aplicação do processo seletivo de estudantes estrangeiros –PSEE.
Missão institucional na COP – 26
Outra missão institucional e internacional da Unilab será em Glasgow (Escócia) na COP26 (26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas), na qual o reitor Roque Albuquerque foi convidado a participar a convite da ONG Center for Environmental Peacebuilding (CEPB). Ele foi indicado como representante da Rede Nordeste de Universidades Federais (RENE-Andifes), na qual a Unilab é membro, para cumprimento da primeira missão internacional de trabalho da RENE-Andifes.
A COP26, que acontece de 1 a 26 de novembro de 2021, é a conferência sobre clima mais aguardada de 2021. Com efeito, a Conferência é o palco político mundial onde os países tomam protagonismo apresentando ideias, contribuições, ações -e suas sucessivas metas -, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o relatório do Observatório do Clima divulgado (2020), o Brasil figurou como o sexto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta.
“Queremos trazer contribuição para todos os 200 países que assinaram o acordo para reduzir emissão de gases poluentes. Queremos participar, mostrar interesse, dar o parecer das universidades quanto a essa questão”, aponta o reitor Roque Albuquerque. Ele relata que tem se reunido periodicamente com membros do RENE, para dialogar sobre o tema. “No nosso caso, somos representantes de instituição de grande valor científico, tanto no ensino, quanto na pesquisa e extensão. E a universidade precisa estar a par, inteirada daquilo que pode ser utilizado nas nossas pesquisas, para ajudar a humanidade e contribuir com tecnologias ou ações que preservem mais o nosso habitat, nosso planeta Terra”, avalia Albuquerque.
A Unilab está alinhada às diretrizes do Plano Estratégico de Cooperação Multilateral no Domínio da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da CPLP, assim como com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Como parte de sua política de internacionalização, a universidade incentiva a construção de acordos de cooperação solidária focados na preservação do meio ambiente e na construção de políticas de desenvolvimento sustentável.
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