Seminário de Trajetórias de Estudantes Indígenas e Quilombolas na Unilab/CE, da 3ª campanha de combate ao racismo no ES, acontece dia 7/12, no campus Auroras
O Seminário “Trajetórias de Estudantes Indígenas e Quilombolas na Unilab-Ceará: desafios e práticas para destruir o racismo no Ensino Superior” acontece no dia 7 de dezembro, às 14h, no pátio térreo do campus das Auroras/CE da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). O seminário também será transmitido pelo canal oficial da Unilab no YouTube. Haverá certificação da atividade, com a necessidade de inscrição prévia neste link. Em 2022, esse Seminário foi a única proposta aprovada no Ceará, dentre as 20 selecionadas na América Latina, pela Cátedra UNESCO em Educação Superior, Povos Indígenas e Afrodescendentes na América Latina (ESIAL), na 3ª Campanha pela Erradicação do Racismo no Ensino Superior na América Latina.
Essa campanha tem como objetivo estimular universidades da América Latina a criarem projetos que promovam debates contra o racismo, juntamente com outras universidades, institutos e organizações da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala e México. O Seminário de Trajetórias de Estudantes Indígenas e Quilombolas na Unilab-Ceará foi coordenado e organizado por Ana Eugenia, estudante do curso de Antropologia da Unilab, pertencente ao quilombo Sítio Veiga, e por James Moura, professor do Instituto de Humanidades, em coalização com os movimentos sociais e movimentos de estudantes indígenas e quilombolas.
O evento será realizado na Unilab, em Acarape. “Primeiramente, é importante mencionar que Acarape fazia parte da cidade de Redenção, que foi a primeira cidade do Brasil a decretar a abolição do sistema escravagista em 1884, quatro anos antes da formalização da abolição no Brasil. Apesar desse momento histórico, o racismo ainda continua presente no território brasileiro, nordestino e universitário. Por conta disso, organizamos esse seminário com uma estratégia para destruir o racismo no Ensino Superior por meio do compartilhamento de nossas trajetórias, como estudantes indígenas e quilombolas. Este seminário traz uma inovação por ter em sua maioria estudantes indígenas e quilombolas alinhados com os povos de terreiro, trazendo seu lugar de fala e de afrontamento das estruturas hierárquicas de sociedade e de universidade”, pontuam os organizadores do evento.
O evento também conta com a exposição Bordado de Resistência, com as bordadeiras do Grupo de Dança e de Música Afro-Alegre do Quilombo de Alto Alegre, da cidade de Horizonte.
Confira a programação completa:
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