De 23 a 27 de julho, estão abertas as inscrições para o curso de extensão sobre o Pensamento de Carlos Lopes e os desafios da Transformação Estrutural da África. O curso é organizado, no âmbito da celebração do Centenário de Amílcar Cabral, pelo Centro dos Estudos Africana da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (CEA-Unilab), em parceria com a Universidade Amílcar Cabral (UAC). As inscrições podem ser feitas por meio de preenchimento e envio de formulário eletrônico, que encontra-se neste link.

O curso terá início no dia 01 de agosto, nos horários das 14h às 16 h (Brasília), e será ministrado na modalidade virtual (pela plataforma Google Meet) pelos docentes convidados Magnusson da Costa e Tamilton Gomes Teixeira da UAC, de Guiné-Bissau. O público alvo é formado por docentes, discentes, além de técnico-administrativos em educação. No total estão sendo oferecidas 50 vagas. A carga horária total é de 30 horas.

Pensamento de Carlos Lopes
O sociólogo e economista do desenvolvimento Carlos Lopes traz um pensamento holístico sobre os fenômenos e eventos que atravessam o continente africano, no contexto internacional. Desde a Educação, Economia, Desenvolvimento e questões relacionadas aos desafios que a dinâmica da globalização impõe ao continente africano, Carlos Lopes candidatou-se e afirmou-se como um marco teórico a estes debates e discussões.

Ele também ocupou lugares estratégicos e cimeiros no processo de pensar políticas cruciais para desenvolvimento em vários setores. Fundador do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), ex-conselheiro de Koffi Annan, ex-Diretor de Colégio da ONU, ex-representante do PNUD no Brasil e em Zimbabwe, ex-subsecretário geral da Comissão Económica para África e professor na Mandela School of Governance, Carlos Lopes é autor de 24 livros sobre Guiné-Bissau e África.

Desafios na transformação estrutural da África
Uma análise dos trabalhos de Carlos Lopes pode contribuir na compreensão dos desafios e da posição atual do continente africano no cenário global, pelo acúmulo de experiências tanto na Comissão Econômica da ONU para África, como na União Africana. Ele defende um pragmatismo africano e um novo afro-otimismo.

O fracasso do consenso de Washington expresso nos Programas de Ajustamento Estrutural é o ponto de partida da sua crítica ao modelo de desenvolvimento do ocidente.

Curso
Eixos de abordagens ao longo do curso:

>Estudos Sociológicos de Carlos Lopes: Leitura Sociológica da Guiné-Bissau; Dominantes teóricas de Amílcar Cabral;
>Estudos Históricos de Carlos Lopes: Império de Kaabu; Transição Histórica de Guiné-Bissau; do movimento de libertação nacional;
>Os desafios do desenvolvimento africano: Agenda Emergente para o Novo Milênio; A natureza da transformação estrutural; Otimismo da Vontade contra o Pessimismo da Realidade;
>África em transformação: Dinâmicas Contemporâneas de África Compreender o espaço político. A transformação Estrutural através da Industrialização.

Docentes
Tamilton Gomes Teixeira
Docente da Universidade Amílcar Cabral-UAC e da Universidade Católica de Guiné-Bissau-UCGB (onde também é diretor do CEIC-Centro de Estudo e Investigação Científica). Também é professor convidado no Instituto Camões- Cooperação Portuguesa. Foi consultor independente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento- PNUD, para o Estudo e Diagnóstico sobre Situação de Acesso à Justiça na Guiné-Bissau. Membro de GRUPO Antirracista, Educar Lisboa. Linha de Pesquisa (e interesse): Estudos sobre Conflito e questão da Segurança na África ao sul da Saara; Política econômica africana; Filosofia africana; História política dos países de CEDEAO, nomeadamente Senegal, Cabo-Verde e Guiné-Bissau; Estudo sobre Instituições Acadêmicas africanas; Problemática da pesquisa endógena em África; debate sobre desenvolvimento em África; e debates em volta dos conceitos Cabraliano.

Magnusson da Costa
Docente efetivo da Universidade Amílcar Cabral (UAC) e da Universidade Católica da Guiné-Bissau (UCGB). Doutorando e mestre em Economia Política Mundial pela Fundação Universidade Federal do ABC – UFABC e licenciado em História e Bacharel em Humanidades pelo Instituto de Humanidades e Letras – IHL da Universidade de Integração Internacional davLusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Tem interesses em História da África; Pan-africanismo; Economia Política Africana; Filosofia; Ciências Sociais; Relações Internacionais; Meio Ambiente e Desenvolvimento.

A coordenação do curso é formada pelos docentes da Unilab/campus dos Malês Rutte Tavares Cardoso Andrade, Ricardo Matheus Benedicto e Pedro Acosta Leyva, integrantes do Centro dos Estudos Africana.