História de Acarape
A região era habitada pelos índios Tapuias e Balurité sendo conhecida por vila dos índios, recebeu os índios expulsos da região de Jaguaribe. O então povoado chamava-se Calaboca. Com o pioneirismo do município, na libertação dos escravos no Ceará, houve-lhe por outorga honorária o nome de Redenção. Ainda modesto, o povoado de Calaboca quis homenagear as suas maternais origens, passando a chamar-se Acarape.
Com a alforria dos escravos de Acarape, ou seja, a abolição da escravidão na pequena vila, a comissão da Libertadora, composta de João Cordeiro, Almino Affonso, Antônio Martins e Frederico Borges, que visitara Acarape, em novembro de 1882 , empolgou a cidadania. Assim, quando se instalou o ato libertário, em 1° de janeiro de 1883, com a presença de José do Patrocínio (que viera do Rio de Janeiro para o evento) e de significativas lideranças do Ceará, foram distribuídas as últimas cartas de alforria. Com isso, rompera-se a cadeia da escravatura.
Não obstante as dimensões de Acarape, a repercussão política daquela manhã foi enorme. Joaquim Nabuco, em carta da Inglaterra, arrebata-se: ”O Ceará é maravilhoso”. Parece incrível que essa província faça parte do Império. Acarape é mais do que um farol para todo o país, é o começo de uma pátria livre. Raul Pompéia, romancista, derrama-se em louvores: ”O Acarape começa. Vai nascer o Futuro”.
Acarape foi denominado município pela Lei Estadual nº 11308, de 15 de abril de 1987, desmembrado de Redenção. Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído do distrito sede.
Fonte: Site da Prefeitura Municipal de Acarape