Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Abertura do 1° Trimestre Letivo de 2012

Data de publicação  28/02/2012, 13:04
Postagem Atualizada há 13 anos
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O Unilab abriu hoje (05) o primeiro trimestre letivo de 2012, em uma manhã repleta de atividades. O evento teve a participação de estudantes, professores, coordenadores de cursos, colaboradores, representantes das pró-reitorias e o reitor Paulo Speller.

Reitor Paulo Speller

O reitor deu boas-vindas aos estudantes e falou sobre as oportunidades e desafios da Unilab. “O nosso desafio é integrar as diferentes culturas e respeitar o outro. Temos que construir uma relação com valores de paz, direito e educação. Aqui, não temos uma verdade única”, destacou.

Paulo Speller ressaltou ainda a importância da busca de uma educação com pertinência social, em que devem estar presentes a interculturalidade e a cooperação solidária. Para o ano letivo de 2012, o reitor comentou sobre as novas perspectivas. “A Unilab oferece hoje um leque de oportunidades, a nossa tendência é crescer e romper limites e fronteiras. Este ano é promissor, com muitas atividades, pesquisas e oficinas”, complementou.

Estudante do Curso de Administração Pública, Crislanny Leandro Soares

A aluna do Curso de Administração Pública, Crislanny Leandro Soares, 20 anos, que ingressou na Universidade em agosto de 2011, falou sobre o benefício da Unilab para a comunidade local. “Aqui é novo para todos. A Unilab oferece uma nova mentalidade de ver o mundo. É bom para o desenvolvimento do Maciço de Baturité e toda as cidades são beneficiadas com as novas opções de emprego”, afirmou a jovem que mora em Redenção.

Professora do Curso de Agronomia, Maria do Socorro Moura Rufino

A professora do Curso de Agronomia, Socorro Rufino, também expressou a sua satisfação ao iniciar suas primeiras aulas na Unilab. “Estou muito feliz em fazer parte dessa equipe e espero contribuir com o ensino e pesquisa para o crescimento da instituição”, disse.

Estudante do Curso de Ciências da Natureza e Matemática, Pereira Domingos Panzo

O angolano Pereira Domingos Panzo, 22 anos, que cursa Ciências da Natureza e Matemática, também esteve presente esta manhã. “A minha meta é terminar o trimestre com êxito e que as minhas dificuldades sejam superadas. Quando sair da universidade, quero fazer mestrado em Química em alguma faculdade do Brasil”, comentou o estudante, que pretende seguir a carreira de professor.

Reitor Paulo Speller assina Termo de Posse da CAE para José Veríssimo

Um momento de grande destaque da programação foi a posse do novo titular da Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE), o pedagogo José Veríssimo. “Começamos um novo ciclo, baseado em valores como a solidariedade e parceria, desenvolvendo um trabalho coletivo para melhorar a realidade social e a qualidade de vida dos estudantes”, explicou. Ele disse ainda que “a CAE não tem o caráter assistencialista, mas é um recurso pedagógico, em que o estudante precisa ter acesso ao conhecimento para enfrentar os desafios”. A partir de agora, a CAE passa a fazer parte da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).

Apresentação do reisado do Sr. Sebastião Chicute

Encerrando a programação desta manhã, o grupo de reisado do Sr. Sebastião Chicute, do município de Capistrano, no Ceará, animou os presentes com danças e músicas que ressaltam a cultura popular tradicional.

Dança e música

Continuando com a programação festiva na abertura do trimestre letivo, a tarde começou animada com uma exibição de tambor-de-crioula, dança típica muito popular no Maranhão, apresentada pelo grupo Tambor de Marias, de Fortaleza (CE). A atração contagiou os presentes com o som ritmado dos tambores e o gingado das coreiras.

Jacqueline Freire, Mariana Melo e professor José Berto

 

Professores da Unilab

Na ocasião, estava presente uma missão vinda de Benin para conhecer as instalações da Unilab e proferir palestra sobre “A história do povo Agudá”.  Um dos integrantes da missão beninense, o professor de Arqueologia, Alexis Bertrand Agunmaro Adande, foi o responsável pela apresentação, que aconteceu no Anfiteatro da Unilab, a partir das 15h.

Luís Bernardo, André Galvão, Marta Sampaio e Didier Marcel

Além do professor Alexis, a delegação beninense é composta por Didier Marcel Houenoude, gerente de patrimônio de Porto Novo, e pelos professores Ekedande Rodrigue Kessou e Semako Romeo Houssou. Acompanhando a comitiva, o representante da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, André Galvão; o coordenador da Coppir (Coordenação de Promoção da Igualdade Racial de Fortaleza), Luís Bernardo, e a arquiteta Marta Sampaio.

República do Benin

Falando em francês, com tradução simultânea feita pelo professor Rémy, da Unilab, o professor Alexis contextualizou a República do Benin, geográfica e historicamente. País da região ocidental da África limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo, tem como capital constitucional a cidade de Porto-Novo, mas Cotonou é a sede do governo e a maior cidade do país.

Benin tem 112.622 km² e uma população de quase 9 milhões de habitantes, segundo dados de 2009. Antiga colônia francesa, o país alcançou a independência em 1º de agosto de 1960, com o nome de República de Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benin, em razão de o país ser banhado ao sul pela Baía de Benin. Hoje, o país é considerado como um modelo de democracia em África.

Povo Agudá

Depois, ele apresentou um resumo sobre a história dos Agudás, comunidades de escravos libertos no Brasil (afro-brasileiros) e que voltaram ao Benin.  Numerosos, esses “brasileiros” estabeleceram-se na região da antiga costa dos Escravos, que abrangia todo o golfo de Benim, indo da atual cidade de Lagos, na Nigéria, até Acra, em Gana, entre os séculos XVIII e XIX. São designados em iorubá, fom ou mina os “parentes de Uidá”, ou seja, os beninenses que possuem sobrenome de origem portuguesa.

Professor Alexis Bertrand e pro-reitora Stela Meneghel

Os agudás representam hoje por volta de 5% da população do Benin e são reconhecidos, sobretudo, pelos sobrenomes de origem portuguesa e por alguns indicadores de identidade. Desempenha também um papel importante a família de Souza, descendentes diretos do baiano Francisco Félix de Souza, que foi vice-rei de Uidá, com o título de chachá e nessa qualidade exerceu o monopólio do tráfico negreiro no antigo reino do Daomé, na primeira metade do século XIX.

Em Fortaleza

As atividades da missão de Benin prosseguem amanhã, dia 6, em conjunto com a Escola de Artes e Ofícios Thomás Pompeu Sobrinho, da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Ceará (Secult). Já na quarta, 7, haverá programação com a Universidade de Fortaleza (Unifor) e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para apresentação de projetos de restaurações históricos e culturais. A quinta-feira, dia 8, será o dia de conhecer os projetos desenvolvidos pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Finalizando a programação, na sexta, 9, a comitiva conhecerá prédios históricos no centro de Fortaleza.

Em dezembro do ano passado, a prefeitura de Fortaleza assinou o projeto “Centro de Formação em Artes e Ofícios do Patrimônio em Porto Novo/Benin”, com o objetivo de promover a valorização, a divulgação e a reconstrução do conjunto cultural e histórico afro-brasileiro na cidade de Porto Novo, em Benin. Por meio do incentivo para a restauração e a conservação de bens móveis e imóveis, o projeto busca a geração de emprego, renda e oportunidades econômicas para a cidade de Porto Novo.

Veja a programação completa:

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