A Unilab fará uma homenagem aos seus estudantes timorenses no próximo dia 21 de maio, data em que se comemora a Independência de Timor-Leste. Neste dia, o Restaurante Universitário servirá um cardápio especial com dois pratos típicos do país: a Katupa, um tipo de bolinho de arroz com leite de coco, embrulhado e cozido em cestinhos feitos com folhas de palmeira ou coqueiro; e o Midar-Sim, cozido de carne de porco com verduras.  Ex-colônia de Portugal, o Timor-Leste se tornou independente da Indonésia após a consulta popular de 1999, mas guardou pratos como a Katupa e o Midar-Sim, normalmente servidos nas datas festivas.

Os estudantes timorenses “invadiram” a cozinha do Restaurante Universitário

E, para acertar a mão, a nutricionista da Unilab, Háquila Martins, pediu a ajuda dos estudantes timorenses para, juntos, na tarde desta quarta-feira, 16 de maio, testarem as receitas na cozinha do RU. Acompanhada do cozinheiro Francisco Belo da Silva, ela ficou observando e anotando as quantidades dos ingredientes para o preparo dos pratos. Segundo Háquila, os ingredientes utilizado são encontrados com facilidade no Brasil. “O mais difícil agora é conseguir as palhas dos coqueiros para eles fazerem os cestinhos no domingo”, explicou.

Nutricionista Háquila Martins e cozinheiro Francisco Belo da Silva

Com trinta anos de experiência na culinária, o cozinheiro da Unilab afirmou que estava gostando muito de aprender a fazer os pratos timorenses. “É sempre bom a gente conhecer coisas novas, principalmente de um outro país”, afirma Belo. “Não é difícil não, difícil mesmo é fazer os cestinhos para servir os bolinhos de arroz”, explicou rindo.

Nercia Gusmão(de blusa vermelha) sugeriu os pratos para o cardápio especial

Para os timorenses é muito bom matar as saudades de casa preparando uma comida típica, afinal, no Brasil tudo é bem diferente. Que o diga a estudante de Ciências da Natureza e Matemática, Nercia Gusmão, 20 anos. Ela foi a pessoa que sugeriu os dois pratos para o cardápio especial do dia 21 de maio. “Aqui o arroz é diferente, o feijão, o macarrão, tudo é diferente”, diz a jovem que ainda está se acostumando com a nossa culinária.

Grupo de timorenses assumiu as panelas do Restaurante da Unilab

E, para provar que não perderam a habilidade, além da comida, os timorenses também confeccionaram alguns dos cestinhos de palha onde será servida a Katupa.  O restante dos cestinhos será feito no domingo por todos os alunos timorenses.