Pesquisadora sul-africana conversa com alunos da Unilab
A pesquisadora sul-africana, Jess Auerbach, foi a convidada especial de um bate-papo com os alunos da Unilab nesta terça-feira (21), no Anfiteatro. Ela é estudante de Doutorado da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e veio ao Brasil para uma pesquisa de campo sobre a migração de pessoas entre Angola e Brasil. A atividade foi realizada pela Pró-Reitoria de Relações Institucionais (Proinst), em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), através da Coordenação de Assuntos Estudantis (CAE).
A abertura do encontro foi feita pela pró-reitora de Relações Institucionais da Unilab, Selma Pantoja. Ela disse que este era um momento importante para conhecermos o trabalho da pesquisadora e compartilharmos nosso conhecimentos sobre a relação do Brasil com Angola, já que a Unilab conta hoje com 17 estudantes angolanos.
Jess iniciou a apresentação falando um pouco sobre a trajetória acadêmica dela. A pesquisadora fez curso de graduação em Antropologia na África do Sul, mestrado em Oxford, na Inglaterra, e seguiu para os Estados Unidos (Universidade de Stanford) para fazer o doutorado. Como ela estuda os movimentos migratórios e suas repercussões entre Brasil e Angola, fez questão de aprender a língua portuguesa. Escolheu a cidade do Rio de Janeiro para estudar nossa língua e acabou descobrindo que o Rio abriga o maior grupo de angolanos no país (estima-se que 22 mil angolanos residam no Rio de Janeiro). E foi lá que a pesquisadora teve conhecimento do trabalho da Unilab. Através de um professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), ela fez contato com a pró-reitora de Relações Institucionais da Unilab, Selma Pantoja, e agendou uma visita. Jess veio a Redenção para conhecer o projeto de mobilidade estudantil da universidade e, claro, fazer novos contatos relacionados à pesquisa dela.
Além de conhecer a realidade e a experiência de angolanos no Brasil, ela pretende analisar como os migrantes já estão contribuindo para a vida em Angola. A ideia é apresentar uma narrativa do país africano que não enfatize apenas o sofrimento e a guerra, mas que inclua sonhos, trabalhos e felicidades dos angolanos. A pesquisa contribui também para uma aproximação entre diálogos acadêmicos da região Sul-Sul.