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Rede Bambu realiza seu 2º Encontro, na Unilab

Data de publicação  23/04/2015, 17:07
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Compuseram a mesa de abertura, da esquerda para a direta: a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Albanise Barbosa, o vice-reitor, Aristeu Lima, o professor titular da PUC/Rio, de origem iraniana, Khosrow Ghavami, e o professor do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), Rodrigo Aleixo.

Nesta quinta-feira (23), teve início, no auditório do Campus das Auroras, em Redenção/CE, o 2º Encontro da Rede Bambu, realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Proppg). A abertura do encontro contou com a presença do vice-reitor, Aristeu Rosendo, do professor do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), Rodrigo Aleixo, da pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Albanise Barbosa, e do professor titular da PUC/Rio, de origem iraniana, Khosrow Ghavami.

A professora Albanise Barbosa ressaltou, em sua fala de abertura, que o encontro será uma oportunidade para a troca de conhecimentos e experiências acerca das potencialidades econômicas e sociais do bambu. “Não tenho dúvida de que teremos dois dias de muita ciência e muito aprendizado, que será muito proveitoso para todos nós, professores, estudantes e pesquisadores”, destacou.

O vice-reitor, Aristeu Rosendo, deu destaque à natureza internacional do encontro. “É muito gratificante que a ciência e o interesse pelo conhecimento científico possam unir pessoas gabaritadas de países diferentes em benefício do bem comum”, afirmou, acrescentando: “Estamos discutindo um tema que tem um potencial de impactar direta e positivamente na vida da nossa comunidade, que pode mudar economicamente a realidade local. E a mudança passa pelo fortalecimento dessa rede nacional que tem buscado difundir o potencial da cultura do bambu. Nesse sentido, fico muito feliz em participar desse encontro que pensa o desenvolvimento a partir do nosso quintal”, sublinhou.

Em sua palestra de abertura do 2º Encontro da Rede Bambu, o professor iraniano Khosrow Ghavami fez uma rápida apresentação sobre o papel e a consolidação da Associação Brasileira de materiais e tecnologias não convencionais (ABMTENC), atuante há 19 anos e atualmente presidida por Khosrow. O pesquisador falou sobre a missão e os interesses da associação, que tem atuação e pesquisa com bambu, bau-biologie, saneamento ambiental, tecnologias alternativas para a agricultura, dentre outros temas e matérias-primas renováveis.

Khosrow abordou também sobre as dificuldades históricas para se implantar a cultura do bambu em solo nacional. “Em 1984, quando iniciamos as pesquisas na PUC do Rio (de Janeiro), o bambu era visto como praga. Tivemos que enfrentar uma intensa luta para mudar essa visão”, contou Khosrow, que comentou sobre as várias utilidades e produtos que podem ser feitos a partir do bambu, como pontes, barcos, bicicletas, encanamento etc.

Pela tarde, Khosrow continuou o relato de seus estudos sobre as utilizações do bambu. O pesquisador mostrou fotos de pontes e outras construções utilizando o bambu há milhares de anos e questionou o porquê de este conhecimento ter sido minimizado ao longo dos últimos séculos. “Um desenvolvimento de milhares de anos se perdeu com a intervenção do Capital”, afirmou. Ressaltou a durabilidade do bambu, comparando-o ao aço, explicando que é um material adequado a construções que exigem força.

Para além do bambu em si, a palestra debateu a necessidade de soluções alternativas para as necessidades da atual sociedade. “O MEC (Ministério da Educação) deveria implementar o ensino obrigatório dos materiais não poluentes. O planeta, com uma grande população e muita poluição, exige novas soluções e somos nós que precisamos criar. Precisamos desenvolver soluções para suprir as necessidades do presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações”, arrematou.

Ocorreram ainda as palestras dos professores Ugo Belini (UFSC) e Holmer Savastano (USP). No dia 24, a manhã contará com palestra dos professores Selma Mazzeto e Diego Lomonaco (UFC). O restante da manhã e da tarde serão dedicados à apresentação do andamento das pesquisas pelos coordenadores de sub-projetos. Às 17h30 ocorre reunião da Rede Bambu e no sábado (25) haverá visita à fazenda da Unilab e encerramento.

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