PORTUGAL – Universidade de Lisboa (UL) e governo moçambicano avançam em cooperação no ensino superior
A Universidade de Lisboa (UL) quer captar mais alunos dos países africanos de língua portuguesa. O plano faz parte da sua estratégia de crescimento, que inclui a angariação de mais estudantes internacionais. Um dos países onde cresce a apetência por estudar em Portugal é Moçambique, com o qual a cooperação está a avançar em várias áreas. Também há interesse em desenvolver igual relação com as universidades de Angola e Cabo Verde, segundo revela o vice-reitor Luís Ferreira, em entrevista à ÁFRICA21.
ÁFRICA21 – A recente visita a Portugal do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, foi uma oportunidade para a Universidade de Lisboa rever o grau de cooperação entre os dois países?
LUÍS MANUEL FERREIRA – Foi uma visita importantíssima. O reitor da Universidade de Lisboa (UL), Prof. António Manuel da Cruz Serra, e uma delegação da universidade estiveram recentemente em Moçambique, quando se fez uma feira sobre o ensino superior e onde tivemos a oportunidade de falar com todos os reitores das universidades públicas moçambicanas e com alguns reitores das privadas. Encontramos um plano de cooperação possível a todos os níveis, porque a UL assume-se hoje como a maior universidade portuguesa e a que tem maior projeção internacional a partir do mundo ibero-americano, cobrindo todas as áreas do conhecimento, e tem uma história de cooperação com Moçambique. A visita do presidente de Moçambique vem dar mais força a esta colaboração, na medida em que ele próprio, engenheiro, conhece muito bem a Universidade. Visitou o Instituto Superior Técnico, que é a nossa maior escola dentro da UL e a maior escola de engenharia do país. Aliás, local onde se graduaram e se doutoraram, por exemplo, o ministro da Ciência e Tecnologia de Moçambique, nosso ex-aluno, como tantos outros.
Fonte: África 21
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