Missões da Unilab a países parceiros acompanham processo seletivo de estudantes estrangeiros
A Unilab enviou professores e técnicos-administrativos em missão internacional para acompanhar e orientar de perto todo o Processo Seletivo de Estudantes Estrangeiros (PSEE), referente ao Edital GR nº 64/2015.
Os servidores enviados participaram diretamente da aplicação das provas aos candidatos estrangeiros que pretendem ingressar na Unilab nos trimestres 2015.3 e 2016.1. Timor-Leste foi o único país que não recebeu a visita da comissão, pois não teve inscrições deferidas.
Por parte da Unilab participaram: Carlos André Barros, coordenador de Cooperação Nacional e Internacional, vinculado à Pró-reitoria de Relações Institucionais (Proinst), que seguiu para Moçambique; a professora Otávia Farias, integrante da Comissão de Redação do PSEE, que foi para Cabo Verde; Rodolfo Pereira, coordenador de Políticas de Acesso e Seleção de Estudantes, vinculado à Pró-reitoria de Graduação (Prograd), que teve estadia em Angola; o professor Kennedy Cabral, integrante da Comissão de Redação do PSEE, esteve em São Tomé e Príncipe; a professora Andrea Gomes Linard, pró-reitora de Graduação, e o professor Carlos Subuhana, coordenador de Políticas Afirmativas, que estiveram em Guiné-Bissau.
Ao todo, foram inscritos 1.694 candidatos estrangeiros, distribuídos da seguinte forma: Guiné-Bissau (1.453), Angola (148), Cabo Verde (39), São Tomé e Príncipe (38) e Moçambique (16). A missão aconteceu entre os dias 12 e 23 de outubro.
A missão na República Democrática de São Tomé e Príncipe iniciou com uma apresentação na embaixada do Brasil. Em seguida, aconteceu uma palestra com professores da PUC/RJ sobre o projeto de produção de material didático para a educação infantil no Centro Cultural Brasil/São Tomé e Príncipe, além de uma visita ao Ministério da Educação com a finalidade de solicitar documentos que disciplinem o currículo do ensino secundário.
Também no Centro Cultural deu-se o primeiro encontro com os estudantes são-tomenses e o representante da Unilab, o professor Kennedy Cabral, no qual foram repassados os critérios do processo seletivo da Unilab. Na oportunidade, os candidatos puderam tirar dúvidas sobre a seleção, a dinâmica do Bacharelado em Humanidades (BHU), o funcionamento da primeira e segunda opções de curso. Já a aplicação da prova aconteceu no Centro de Formação Profissional Brasil/São Tomé e Príncipe e contou com a participação de trinta candidatos.
Em Cabo Verde, depois de um breve encontro com o embaixador, João Inácio Padilha, a profa. Otávia Farias seguiu ao Centro de Apoio ao Migrante (Campo) – órgão vinculado ao Ministério das Comunidades, que tem como principal objetivo orientar os cabo-verdianos que pretendem sair do país e também aqueles que, após migrarem, desejam retornar e se reposicionar no mercado de trabalho.
“Meu objetivo nessa reunião com a Sra. Nadir Delgado [diretora do Campo] foi levar informações e conhecimentos acerca da Unilab. Como o Campo possui escritórios em várias localidades de Cabo Verde, seria muito interessante que a Unilab pudesse ser apresentada como opção para os cabo-verdianos que buscam oportunidades de estudo no exterior”, ressaltou Otávia Farias.
Em outra reunião, desta feita com o Diretor-Geral do Ensino Superior, José Mário Correia, foi discutido, entre outros assuntos, o tema da validação do diploma de graduados que retornam a Cabo Verde.
“O processo em Cabo Verde é bastante simples e se dá a partir da observação da carga horária dos cursos no Brasil e em nosso país. Se a carga horária para determinado curso for igual ou superior à do curso em Cabo Verde, a validação é concedida”, esclareceu Mário Correia.
Antes da aplicação da prova houve um encontro com a equipe de Língua Portuguesa do Centro Cultural Brasil/Cabo Verde. “Foi um momento bastante importante para que eu conhecesse a diretora do Centro, Marilene Pereira, e os demais professores, Ricardino Rocha, Elane Azevedo, Mônica Andrade e Deizy Silva. Nesse encontro, foi possível ouvir as demandas do Centro com relação à Unilab”, pontuou Otávia Farias.
Após a aplicação das provas, houve uma conversa com os candidatos. Segundo Otávia Farias, foi uma ocasião interessante em que se pôde tirar dúvidas dos estudantes sobre a Unilab e observar que as principais preocupações dos candidatos se relacionam com cobranças de taxas, bolsa ou auxílio, valor das moradias nas cidades de destino.
“Aproveitei a oportunidade para deixar claro que a Unilab funciona em cidades do interior e, assim, a realidade a ser vivenciada não é a das novelas brasileiras vistas na TV, mas a de localidades bem tranquilas, ótimas para quem deseja realmente estudar e se dedicar à faculdade”, afirmou Otávia Farias.
Em Moçambique os trabalhos começaram com uma reunião direcionada aos inscritos no processo seletivo. O evento aconteceu no Centro Cultural do Brasil e contou com a participação do diretor do centro, Gabriel Borges, e da servidora do setor de eventos, Elizabeth Chicoco.
Carlos André Barros foi o servidor enviado pela Unilab para, em conjunto com o diretor Gabriel Borges, explicar as fases do processo seletivo, prestar informações sobre pós-seleção, além de ouvir as expectativas e razões que levaram os candidatos a prestar a seleção.
Dos 16 candidatos deferidos, 15 se fizeram presente à reunião com objetivo de conhecer um pouco mais sobre o processo e sobre a universidade, além de conhecer um pouco sobre as cidades de Redenção/CE e São Francisco do Conde/BA.
O candidato a uma vaga no curso do BHU, em Redenção/CE, João Fungulane, conheceu a Unilab em 2013 quando foi convidado por um estudante para apresentar a arte moçambicana no projeto “Quarta Cultural Maciço de Arte”, mantido pela Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura (Proex).
Marlene Chirrime, também candidata a uma vaga no curso de BHU, conheceu a Unilab através das palestras promovidas pelo Centro Cultural do Brasil em Moçambique.
Já a missão em Angola, sob a execução do servidor Rodolfo Pereira, contou, além da orientação e aplicação da prova junto aos estudantes angolanos, com uma série de reuniões técnicas com órgãos e setores dos Ministérios da Educação e do Ensino Superior e da Universidade Agostinho Neto. Estas reuniões, acompanhadas por Honorine Pinto, da Cooperação Técnica da Embaixada brasileira em Luanda, começou com uma apresentação na embaixada e uma visita ao Centro Cultural Brasil-Angola (CCBA).
No Instituto Nacional de Gestão de Bolsa de Estudo (INAGBE), ligado ao Ministério do Ensino Superior, deu-se uma reunião que teve como pauta a cooperação entre Unilab, Ministério das Relações Exteriores e o INAGBE para realização de seleção e o conhecimento dos processos de concessão de bolsas para estudantes angolanos no Brasil, preferencialmente para os cursos de áreas estratégicas de formação como docência, engenharia e saúde.
Também no Ministério do Ensino Superior aconteceu um encontro no Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES), no qual se debateu os procedimentos para validação de diplomas de estudantes angolanos que estudaram no Brasil.
Em Guiné-Bissau, as provas foram aplicadas para 1.453 candidatos no Liceu Dr. Agostinho Neto, escola pública localizada a poucas quadras da embaixada brasileira. Devido ao grande número de inscritos, houve dois turnos de aplicação, com apoio logístico da Chancelaria e do Centro Cultural brasileiro.