Unilab é a única representante das Instituições de Ensino Superior do Ceará no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasielira (Unilab) é a única representante das Instituições de Ensino Superior do Estado do Ceará no Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Coepir). para o biênio 2016_2017. Foram confirmadas as candidaturas da professora Vera Rodrigues (titular) e do professor Ivan Costa Lima (suplente), com o apoio do Núcleo de Promoção da Igualdade Racial Kabengele Munanga (NPIR), para integrarem o Conselho.
A solenidade de posse dos conselheiros para o biênio 2016/2017 foi realizada no último dia 30 de junho, no Teatro Carlos Câmara, situado na Rua Senador Pompeu, 454, Centro, Fortaleza-CE.
Para a professora Vera Rodrigues “o assento da Unilab nesse Conselho demarca a participação e devolutiva social que uma universidade como a nossa tem a oferecer ao cenário regional no que concerne à necessidade de reconhecimento, respeito às diferenças, e combate ao racismo via políticas públicas e ações afirmativas”.
Rodrigues destaca ainda a importância da parceria com outros representantes da sociedade civil. “Entendo que a nossa representatividade somada à sociedade civil que nos rodeia (representantes das religiões de matriz afro-brasileira, povos indígenas, quilombolas entre outros) convida a pensar no potencial de colaboração e influência que a Unilab pode ter no contexto cearense. Isso é algo bem-vindo se pensarmos que a promoção de políticas de igualdade racial é algo recente aqui, se não me engano é a partir de 2012 que é criada a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial e o Conselho, ainda é mais recente, 2015.”
Segundo o professor Ivan Lima, a participação no Coepir se reveste de suma importância para discutir, propor e acompanhar em diferentes órgãos do estado do Ceará a efetivação de políticas públicas, daquela parcela da população que tem sido historicamente alijadas de ações no âmbito governamental na erradicação de toda forma de racismo, preconceito e demais discriminações correlatas.
“Isto coloca em evidência o enfrentamento por parte do Executivo da existência de desigualdades sociais, que necessitam ser enfrentadas com políticas consistentes e transversais direcionadas a setores que tem reivindicado participação ativa na construção do estado do Ceará e do Brasil. Da mesma forma, como representação da Unilab pode contribuir para ampliar os estudos, pesquisa e projetos de extensão aqui desenvolvidas entre os países da integração, levando-se a um conhecimento mais consistente sobre o continente africano e sua relação com o Brasil, na media em que se possa possibilitar a mudanças de mentalidades no âmbito da administração pública sobre este tema”, explica Lima.
Por fim, o professor Lima acrescenta: “significa para os próximos anos uma oportunidade de exercemos uma participação crítica e propositiva num dos espaços de controle social, nos desafiando na elucidação dos mecanismos que ainda levam as formas de preconceito e intolerância, que precisam ser combatidas no estado do Ceará, em diferentes frentes, para que efetivamente possamos nos constituir como nação”.
Eleição e eleitos:
O processo de eleição foi iniciado por meio de edital divulgado no Diário Oficial do Estado no último dia 8 de abril com prazo de 20 dias úteis para as entidades da sociedade civil se candidatarem. De acordo com as representações previstas na lei 15.953 de 14/01/2016, que cria o Coepir, o prazo foi encerrado no dia 9 de maio deste ano.
Após o encerramento das inscrições e análise das candidaturas pela Comissão Eleitoral, a Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Ceprir) fez saber os nomes das entidades representativas habilitadas, bem como as convoca para o processo de votação que foi realizado numa terça-feira (31/05), às 14 horas, no auditório do Gabinete do Governador situado na Av. Barão de Stuart, 505 – Meireles.
Integrantes do Conselho:
1. Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro¬brasileira (Unilab), através do Núcleo de Promoção da Igualdade Racial Kabengele Munanga (NPIR) e Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Relação Étnico-raciais Movimentos Sociais e Educação (N’UMBUNTU)
2. Central Única dos Trabalhadores (CUT)
3. Instituto de Difusão da Cultura Afro¬brasileira (Indica)
4. Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec)
5. Associação de Negras e Negros Anastácia (ANNA)
6. Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH)
7. Associação Comunitária dos Remanescentes de Quilombo Rural de Batoque
8. Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo de Serra Juá
9. Organização Mãe Terra Pitaguary
10. Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu)
11. Associação Afro Brasileira de Cultura ALAGBA
12. Associação Cultural Afro Brasileiro Pai Luiz de Aruanda (ACPLA)
13. Centro Espírita Universalista Reis Tupinambá (CEURT)
14. Associação das Comunidades dos Índios Tapeba de Caucaia
15. Instituto Nacional Afro Origem (INAO),
Com informações da Assessoria de Comunicação/Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial.