Estudantes do Campus dos Malês participam de programa do canal Cultne
Considerado o maior acervo digital de cultura negra na América Latina, o canal do Cultne recebeu as alunas do Campus dos Malês da Unilab Camila Alves e Caroline Lima. As estudantes participaram de uma conversa sobre atividades e projetos realizados no campus, localizado em São Francisco do Conde/BA.
Motivadas pelo “II Seminário Internacional Histórias do Pós-Abolição no Mundo Atlântico – 130 anos de abolição no Brasil”, no qual Camila e Caroline estiveram presentes, as alunas destacaram os trabalhos voltados às relações étnico-raciais desenvolvidos no Projeto de Extensão da Unilab “Biblioteca Náutica na Baía de Todos os Santos”.
“O Projeto trabalha a valorização da leitura e a temática da educação para as relações étnico-raciais”, explicou Camila Alves, estudante do terceiro semestre do Bacharelado em Humanidades e bolsista do Projeto Biblioteca Náutica. “O Projeto tem enfoque na Lei 10.639, trabalhando as relações étnico-raciais com os educadores dos municípios que nós atendemos, além das crianças”, completou Caroline Lima, bacharel em Humanidades e aluna de Licenciatura em História.
Caminhando para sua quarta edição, o projeto interdisciplinar já realizou ações nos municípios de Candeias, Maragogipe e São Félix, levando o projeto para além dos muros da Unilab. “A gente quebra as barreiras da universidade, tendo um contato direto com as comunidades da baía de todos os santos, dentro do contexto do recôncavo baiano”, declarou Caroline, que participa do projeto desde o seu surgimento.
A Biblioteca Náutica na Baía de Todos os Santos é um Projeto de Extensão que se insere no Grupo de Pesquisa Nyemba – processos sociais entre Brasil e África. O projeto atua em diversas frentes e envolve as comunidades pesqueiras, marisqueiras, ribeirinhas e de remanescentes quilombolas.
Entre as ações estão a capoeira, as oficinas de arte e cultura com crianças da comunidade – incluindo bonecas, máscaras e brincadeiras -, e as oficinas de produção literária, que busca trazer a questão do pertencimento. “A ideia é que as pessoas reconheçam sua identidade, produzindo materiais que falem do seu contexto”, garantiu Camila.
Assista à entrevista completa no canal do Cultne no YouTube.
Cultne
Lançado em 2009, o Cultne é um acervo digital de cultura negra. No YouTube, o canal já soma mais de 12 milhões de visualizações. O Cultne Doc, do qual participaram as alunas da Unilab, é um fórum de debates e reflexões. O espaço discute temas como religião, mulher negra, entidades do movimento negro, juventude negra e violência.