Nota em resposta a matéria publicada na Revista Exame – 07/08/2019
Em texto intitulado “Expansão sem Qualidade”, a Revista Exame do dia 07-08-2019, páginas 38 e 39, trouxe informações sobre Universidades Federais recém-criadas, com críticas tanto ao seu desempenho como ao seu propósito, citando a Unilab, especificamente.
A matéria, entretanto, é equivocada em diversos pontos significativos, a começar pelos dados em si. Diz o texto que atendemos 800 estrangeiros. Na verdade, cerca de 20% da graduação da Unilab, mais 1150 estudantes de um total de 5400, são oriundos dos países parceiros. Cita também um curso de Psicologia, o qual não temos em nossa oferta de graduação. Segue apontando a existência de “prédios inacabados”, citando como exemplo a Biblioteca, mas o Sistema de Bibliotecas da Unilab já se encontra em pleno funcionamento há anos, com cerca de 45 mil livros disponíveis em três unidades: Campus das Auroras, recentemente inaugurada; Unidade Acadêmica dos Palmares, ambas no Ceará; e Biblioteca Setorial do Campus dos Malês, na Bahia. O acervo da antiga biblioteca do Campus da Liberdade, no Ceará, foi transferido para a nova biblioteca e o espaço está sendo ampliado para setor administrativo. Cita ainda a Residência Universitária, cujas obras enfrentaram entraves burocráticos, mas que atualmente prosseguem dentro do cronograma previsto.
Não há nenhuma obra parada na Unilab. Todas as obras estão em curso. Nos Malês, Bahia, dois blocos novos estão sendo construídos – salas de aula, laboratórios, etc. O Campus das Auroras logo terá em funcionamento um novo Restaurante Universitário, além de um espaço de convivência e novos laboratórios. Lá também foi inaugurada a maior Usina de Energia Solar das IFES e o Gerador Automático de Energia. São, na verdade, obras de reforma, ampliação e melhoramento, pois a universidade está em crescimento.
Por último, a matéria insinua o baixo desempenho das atividades acadêmicas. A Unilab é uma universidade com 9 anos de fundação e 8 anos de atuação acadêmica. Nesse tempo, além do sucesso em graduar mais de dois mil estudantes, podemos ainda apontar os mais de 3600 artigos em periódicos científicos, mais de 450 livros publicados, mais de 40 patentes de técnicas e mais de 30 patentes de produtos tecnológicos. Ainda este mês, por exemplo, tivemos a patente da Placa Hidrocológica, desenvolvida no curso de Mestrado Acadêmico em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis – MASTS, e o artigo “Design of Immobilized Enzyme Biocatalysts”, que foi capa da última edição da Revista Química Nova, publicação da Sociedade Brasileira de Química, que tem reconhecimento internacional.
A Unilab, por fim, é uma instituição com nota 4 no Índice Geral de Cursos do MEC, cuja nota máxima é 5, o que certamente não condiz com uma hipótese de baixo desempenho.