Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Egressa do curso de História lança livro “Quem foi para Maracangalha? Histórias e Memórias de trabalhadores da Usina Cinco Rios

Data de publicação  21/06/2022, 16:10
Postagem Atualizada há 2 anos
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A egressa da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Tatiana Florentino Santana, lançou este ano o livro intitulado Quem foi para Maracangalha? Histórias e Memórias de trabalhadores da Usina Cinco Rios (1930 -1970).  A obra é baseada nas pesquisas realizadas para sua monografia no curso de licenciatura em História, no campus dos Malês/Unilab. Ela apresentou o trabalho de conclusão de curso em fevereiro deste ano. O estudo aborda, em linhas gerais, as distintas narrativas acerca das experiências e trajetórias de antigos trabalhadores e trabalhadoras da Usina Cinco Rios, situada no pequeno distrito de Maracangalha, em São Sebastião do Passé (BA).

“Ao analisar as narrativas e interpretá-las junto à historicidade daquela região, poderemos compreender suas trajetórias de vida, alinhavando-as ao patrimônio industrial, pensando sobre o que era antes um lugar de trabalho, hoje, um lugar de memória”, explica a autora Tatiana Santana. Ela também destaca que o estudo teve como proposta, ainda, identificar, através das histórias e memórias dos antigos trabalhadores da Usina Cinco Rios, um espaço de luta pela cidadania, os diversificados mundos dos trabalho, a trajetória de trabalhadores rurais, a sociabilidade em Maracangalha e nas distintas comunidades negras”, aponta.

A egressa da Unilab  – e atualmente mestranda em História pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – conta que a pesquisa foi desenvolvida a partir de uma inquietação pessoal.  “Quando criança, ouvia muito meus familiares e, principalmente, minha vó Adelaide Florentino falar do trabalho nos canaviais, a sociedade, a feira, a festa, etc. Ela contava as diversificadas histórias do mundo rural. Através de trabalho de campo e as entrevistas orais, me dei conta da importância histórica que Maracangalha e a Usina Cinco Rios tinham”, relata. A pesquisadora aponta também que através da memória do trabalho, foi possível descrever o mundo rural que os antigos trabalhadores estavam inseridos no período entre 1930 e 1970. Algumas entrevistas, inclusive, segundo relata a pesquisadora, foram fundamentais para entender como o povoado de Maracangalha viveu e vive após a desativação da Usina.

Segundo a orientadora desta pesquisa e docente da Unilab, Idalina Maria de Freitas, a pergunta que intitula o trabalho e o livro é o fio
condutor que a autora utiliza para debruçar-se em uma tipologia
documental que abrange jornais, documentos manuscritos,
carteiras de trabalho e documentos pessoais de ex-trabalhadores,
tudo isso cruzado cuidadosamente com a produção de fontes
orais.

“Aspectos como as redes de sociabilidade construídas ao longo do tempo, em um território marcado pela memória das relações escravistas, encontra no conceito de experiência um terreno fértil para entender as lutas desses sujeitos por melhores condições de trabalho, seus deslocamentos, arranjos familiares, negociações e conflitos sempre pensados a partir de categorias como gênero, raça e trabalho”, aponta a docente da Unilab do curso de História/campus dos Malês, Idalina Maria de Freitas.

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