Comitiva da Unilab se reúne com presidente de Cabo Verde durante missão internacional
A comitiva da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) em missão internacional se reuniu com o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, nesta quinta-feira (24). A pauta girou em torno de estreitar os laços de cooperação internacional, com uma possível “bolsa manutenção” do país aos cidadãos cabo-verdianos graduandos na Unilab, validação de diplomas de futuros egressos do curso de Medicina, entre outros pontos.
“Para a graduação e pós-graduação, estamos propondo aos países uma bolsa manutenção, não para pagar mensalidades, porque a universidade é gratuita, mas para a própria manutenção do estudante; e, tratando da questão de reintegração profissional, se há órgãos públicos ou privados que poderiam dar oportunidade de estágios a esses alunos, que poderiam retornar ao país no período do estágio”, explicou o reitor da Unilab, Roque Albuquerque.
No caso dos futuros egressos do curso de Medicina da Unilab, a comitiva tratou com o presidente cabo-verdiano a possibilidade de o internato ser feito em hospitais de média e alta complexidade do país, bem como sobre a validação dos diplomas – Cabo Verde tem uma prova de ordem para os médicos recém-formados, assim como ocorre com os egressos dos cursos de Direito no Brasil, por exemplo.
Em contrapartida à cooperação com Cabo Verde, a Unilab se compromete com vagas exclusivas para cabo-verdianos; educação gratuita e de qualidade e cooperação internacional. “No momento, temos pouco mais de 30 graduandos cabo-verdianos e 90 egressos. Entre os egressos, há deputados, assessores de gabinete de primeiro ministro e diversos outros em espaços estratégicos, mostrando que a contribuição da Unilab tem resultados palpáveis, concretos, de impacto na transformação do país”, sublinhou o reitor da Unilab.
O presidente de Cabo Verde, de quem partiu o convite para a reunião, mostrou-se interessado na parceria, pois, segundo ele, as universidades nacionais não têm suprido a necessidade de formação de quadros do país. “A Unilab é um dos parceiros que voltará a ter a nossa atenção”, enfatizou.
Albuquerque destacou que a Unilab disponibiliza cerca de 140 vagas para Cabo Verde, mas estas não têm sido preenchidas, e a missão internacional busca justamente descobrir as razões da lacuna, refazendo o caminho de integração internacional iniciado quando do nascimento da Unilab, com o primeiro reitor, Paulo Speller, e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Criamos pontes de cooperação e nessa cooperação estamos abrindo portas para conhecer a questão na área de Saúde, de legislação específica, na área de engenharias, nos convênios que o país tem com as diversas universidades e isso faz com que a gente estabeleça aquilo que já propusemos como mobilidade, na qual discentes, docentes e técnicos podem, caso queiram, participar de editais para que possam ter uma experiência nesses países”, acrescentou.
A Unilab esteve representada, na reunião com o presidente, pelo reitor, Roque Albuquerque; os pró-reitores de Relações Internacionais e Institucionais e de Pesquisa e Pós-Graduação, respectivamente Artemisa Monteiro e Carlos Henrique Pinheiro; e o coordenador da Secretaria de Comunicação Institucional, Vinícius Alves.
A agenda em Cabo Verde já contemplou reuniões com a Universidade de Santiago, em Cabo Verde; com o Ministério da Educação – Instituto Superior de Educação; Ministério das Relações Exteriores e de Negócios; e com a Associação dos Médicos, entre outros compromissos.
Iniciada em 12 de novembro, a missão internacional esteve em Moçambique e, a partir do próximo dia 28, começa a agenda em São Tomé e Príncipe. A intenção é aprofundar a cooperação solidária Sul-Sul, com um envolvimento maior da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a partir de instrumentos de cooperação entre a universidade e instituições desses países.