Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Representante da Unilab no Instituto Dragão do Mar coordena curso sobre mulheres negras ministrado na Bece

Data de publicação  14/04/2023, 15:27
Postagem Atualizada há 1 ano
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Professora Vera Rodrigues durante aula do curso “Mulheres negras Resistem: processo formativo teórico-político para mulheres negras”. Foto: Bece.

A professora Vera Rodrigues, lotada no Instituto de Humanidades (IH/Unilab), representa a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no Conselho de Administração do Instituto Dragão do Mar (IDM), desde 2021. Agora, a docente passou a ministrar e coordenar via IDM o curso “Mulheres negras Resistem: processo formativo teórico-político para mulheres negras”, que surgiu como curso de extensão na Unilab em 2018.

Aula inaugural com a secretária de Igualdade Racial do Ceará, Zelma Madeira. Foto: Bece.  

O curso “Mulheres negras resistem” ocorre de março a dezembro, com aulas quinzenais na Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), havendo, inclusive, reserva de vagas para trabalhadoras negras da Bece. A aula inaugural, “Democracia e políticas de Igualdade Racial no Contexto Contemporâneo”, foi proferida pela secretária de Igualdade Racial do Estado do Ceará, Zelma Madeira. A coordenação conta, além de Vera Rodrigues, com as egressas da Unilab Ariadne Rios e Mona Lisa da Silva.

Da esquerda para a direita: Vera Rodrigues (Unilab); Rosana Marques (Secult-CE); e Suzete Nunes, superintendente da Bece. Foto: Bece.

A ideia de levar uma edição do curso de extensão da Unilab à Biblioteca Pública surgiu no marco dos 25 anos do Instituto Dragão do Mar. “A partir desse lugar [no Conselho de Administração do IDM] foi possível pensar como contribuir para os vínculos entre universidade e sociedade, a partir da extensão e, portanto, do curso. O IDM também possui interesse e demanda por abrir os equipamentos públicos, tais como a BECE, cada vez mais às ações inclusivas, plurais e em diálogo com a sociedade”, informa Vera Rodrigues.

Foto: Bece.

Mulheres negras resistem

O curso de extensão “Mulheres Negras Resistem: processo formativo teórico-político para mulheres negras” surgiu em 2018 com o propósito de fomentar o protagonismo feminino e negro em diferentes áreas da sociedade, bem como em memória de Marielle Franco.
Tendo como base de conhecimento a produção de intelectuais negras como Lélia Gonzalez, OYÈWÚMI Oyèronké, Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro, Marielle Franco, Mara Viveiros entre outras pensadoras afrolatinoamericanas, o curso objetiva fomentar redes de extensão afro-diaspóricas entre universidades e organizações da sociedade civil no contexto brasileiro e afrolatinoamericano e também impulsionar o protagonismo de mulheres negras para o desempenho de funções públicas e/ou privadas no campo das ações afirmativas e políticas de promoção da igualdade de raça e gênero.

Entre 2018 e 2022 o curso deve ter alcançado uma média de 100 participantes. “Sabemos que algumas delas ingressaram na pós-graduação, outras ocupam espaços no poder público, como, por exemplo, mandatas coletivas e participação em ações voltadas para as ações afirmativas e luta antirracista”, conta Rodrigues.
Um dos próximos objetivos é realizar um estudo para levantar as trajetórias das cursistas entre 2018 e 2022, questionando onde estão exercendo seu protagonismo feminino e negro e como o curso contribuiu para essa trajetória.

Instituto Dragão do Mar

O Instituto Dragão do Mar (IDM) é uma Organização Social (OS) que atua na área da Cultura e faz a gestão de 13 equipamentos públicos no Ceará, dos quais onze fazem parte da Rede de Equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE).

O Conselho de Administração é o órgão de deliberação responsável pelo planejamento estratégico, coordenação e controle globais e fixação de diretrizes fundamentais de funcionamento do instituto.

O convite a Vera Rodrigues para que compusesse o Conselho de Administração veio pela vinculação da docente à Unilab, “a qual prestigia toda uma gama de ações que atingem a todo o universo do campo cultural”.

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