No dia 15 de março, às 15h, acontece reflexão literária e cultural no auditório do campus da Liberdade, com lançamento do livro Umakatcheda: entre o largo e o estreito (Editora Viseu), escrito pelo estudante da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) Eugênio Nunes Correia, mais conhecido pelo seu pseudônimo literário Umakatcheda. O autor é membro do projeto de extensão da Unilab Firkidja Di No Kampada (Alicerce da nossa geração) – um grupo cultural com cunho literário que tem se destacado por sua contribuição no cenário cultural e literário guineense.

A obra é uma ponte entre as gerações, trazendo sonhos, esperanças e tocando nos pesares e desafios da nação guineense em sua busca por identidade, reconstrução e renovação. “Umakatcheda: entre o largo e o estreito oferece uma viagem literária  em torno de revoltas, gritos de liberdade e experiências de amor q, convidando o leitor a uma reflexão sobre as diversas camadas da existência vivida. A obra é um diálogo aberto com a Guiné-Bissau, suas culturas, línguas e vozes pulsantes, mas também estende-se para alcançar um público global, servindo como um veículo de linguagem universal de encontros e passagens.

Uma das características do livro é a forma como explora a língua crioula guineense, posicionando-a não apenas como um elemento de narrativa, mas como protagonista. Através desta escolha linguística, Umakatcheda visa não só dar voz às peculiaridades culturais e sociais guineenses, mas também desafiar e desconstruir as normas impostas pela língua do colonizador, criando uma nova dicção que reflete tensões e possibilidades de libertação.

O livro é também um convite à renovação, um questionamento das práticas políticas e sociais, mantendo um olhar crítico sobre os desafios à democracia e ao livre pensamento. O amor se apresenta como um tema central, visto como uma força curativa capaz de transformar o caminho para a libertação. Umakatcheda: entre o largo e o estreito é, portanto, uma contribuição para as literaturas pós-independência da Guiné-Bissau, marcando o início de uma nova fase de interrogações, renovações e diálogos literários.