Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

No dia 24/10, às 14h, no auditório do campus dos Malês, acontece roda de conversa “Mulheres africanas, sistema de saúde e tecnologias ancestrais de autocuidado”

Data de publicação  24/10/2024, 08:10
Postagem Atualizada há 2 meses
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No dia 24 de outubro, a partir das 14h, no auditório do campus dos Malês/BA da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), acontece roda de conversa “Mulheres africanas, sistema de saúde e tecnologias ancestrais de autocuidado”, com a cientista social Jocilene Bandeira e o psicólogo Eduardo Ribeiro como convidados. O evento integra o ciclo de seminário Outubro Rosa, promovido pelo Coletivo de Mulheres Africanas, docentes e estudantes da Unilab.

A roda de conversa tem a proposta de, no contexto do Outubro Rosa, recepcionar novas estudantes ao coletivo e visa, ainda, refletir sobre o processo de construção da subjetividade que germina do modelo subjetivo africano, segundo o qual a identidade constrói-se no coletivo e no espiritual, e o bem-estar da comunidade é o centro da ação individual.

Metodologia Adinkras

Um dos temas a serem abordado no evento é a metodologia Adinkras. Na tradição Akan, os Adinkras não apenas ilustram valores individuais, como também carregam arquétipos de performance, ou seja, modelos de comportamento ideais que incentivam a ação moral e coletiva. Eles guiam tanto a conduta pessoal quanto o papel de cada indivíduo dentro de sua comunidade, sendo fundamentais para a construção da identidade subjetiva e social.

Para o  pesquisador psicólogo Eduardo Oliveira – um dos convidados da roda de conversa -, precisa-se problematizar os imperativos de performance (de fracasso) e traçar estratégias de autocuidado. Essa tradição relaciona-se profundamente com a ideia de autodeterminação subjetiva: a capacidade de o indivíduo tomar decisões que afirmem seu lugar no mundo, resgatando suas raízes e valores.

Os símbolos Adinkra, portanto, funcionam como um lembrete constante de que a força interior e a identidade não vêm apenas da introspecção individual, mas também de uma conexão profunda com a ancestralidade e com o bem coletivo. A autodeterminação, na visão Akan, não é um ato isolado, mas um compromisso contínuo com o fortalecimento do próprio caráter, em sintonia com a comunidade.

Convidados

Jocilene Bandeira é cientista social, administradora pública e graduanda em Ciências Políticas. Atualmente é coordenadora executiva do Grupo de Ação Afirmativa Afrodescendente e gerente de Políticas para Mulheres da Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde.

 

 

 

Eduardo Joselito da Costa Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Ruy Barbosa (UniRuy). Tem interesse em psicologia analítica e teorias da psicologia humanista. Atualmente atende em clínica social (voluntário) e trabalha como estatístico na empresa Diagnósticos da América SA (Dasa). Ribeiro também atua na produção de pesquisa em clínica de manejo do suicídio, psicologia social, filosofia decolonial da diáspora africana e aspectos raciais da sociologia política. oO último trabalho publicado (co-autoria) foi o aritgo Race and Political Communication in Brazil: The Afro-Brazilian Electorate of Salvador.

Integram a comissão organizadora desta roda de conversa as docentes da Unilab Rutte Cardoso Andrade e Zelinda Barros, a mestre Aminata Va Jairé e a bacharel Hulda Calala, além do Coletivo Mulheres Africana e Associação de Estudantes e Amigos da África (Asea).

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