III Festival Universitário de Música do Gimu divulga resultado final
O Grupo de Integração Musical da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Gimu) divulgou o resultado do III Festival de Música, realizado em 2024, sendo estas as cinco canções mais bem avaliadas pelo júri: Serenidade Angolana (Luiana Abrantes, Angola), Ndilale Angolano (Sil Norful, Angola), O atabaque é o meu amor (Firmino Lindu Mona, Angola), Mãe África (Luiz Nunes, Brasil) e Nô kultura i di nós (Calido Baldé, Guiné Bissau).
Receberam a menção honrosa do III Festival os artistas Lara Nunes Silva (Brasil), Luan Tavares (Brasil), Galileo Danger (Angola), Victor Badaró (Brasil), Osvaldo Sky (Angola), Preto Alto (Angola), Simonal (Moçambique) e Abú Armando Nhaga (Guiné-Bissau).
A terceira edição contou com a participação do ícone da música angolana Filipe Mukenga, que prestigiou o evento com a inscrição de uma canção com co-autoria de Jocenilton Santos, recebendo o Prêmio Especial do Júri do Festival.
“O Festival, nas três edições, conseguiu reunir valiosa diversidade de artistas brasileiros e africanos, estilos, talentos, letras e melodias. Em sua totalidade, o acervo musical que o Festival recebeu é bastante significativo, e um corpus que poderá ser analisado a partir de diversas variáveis, como estilo musical, língua, país de produção. Além de podermos também problematizar como, através da música, da linguagem musical, o projeto tem conseguido interagir com artistas e instituições de diversos contextos dos Palop [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]”, reflete a coordenadora do Gimu, Ana Cláudia de Souza.
O júri do Festival é composto por músicos e pesquisadores do campo da etnomusicologia, com reconhecido trabalho sobre musicalidades africanas e afro-diaspóricas, como Spirito Santo, músico e pesquisador; Katharina Doring, professora da Uneb e etnomusicóloga; Ana Paula Albuquerque, cantora e professora da UFBA; Marcos Santos, músico e professor da UFRB; Lameck Macaba, músico e pesquisador; Victor Martins Souza, professor da Unilab e músico; Vércio Gonçalves, professor da Uneb e músico; Rafael Butti, professor da Unilab; Márcio Valverde, servidor da Unilab e músico. Este ano também houve a participação de Danzy, artista brasileira ganhadora do I Festival, e Vladmiro Gonga, cantor angolano, ganhador do II Festival.
Todas as músicas inscritas no Festival de Música do Gimu estão disponíveis na Playlist. Conheça também a página do grupo no Instagram.
Conexões Brasil e Palops por meio da música
O Gimu desenvolve atividades de extensão desde 2016, e tem se firmado como um espaço de apresentação, composição, pesquisa e experimentação musical com a participação de estudantes e comunidade do campus com trajetória vinculada à música. O grupo procura fortalecer a ideia da integração, tendo a música como linguagem.
No I Festival de Música organizado pelo Gimu, houve 22 inscrições. Em sua segunda edição (2023), o Festival recebeu 41 músicas. Já neste ano (2024), foram 39 inscrições no III Festival. Nestes três anos, o Festival recebeu músicas de seis países (Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe), com letras em português, crioulo guineense, kimbundo, umbundo e de estilos e ritmos bastante diversos.
O Festival é um concurso musical para a valorização da música autoral e original e foi criado com a intenção de estreitar as interlocuções entre Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe a partir da cena musical produzida nesses países e reverberada na juventude que estuda na Unilab. O evento tem promovido confluências musicais, aproximando as musicalidades africanas e afro-diaspóricas, constituindo-se em um potente instrumento para produzir interlocuções entre artistas do Brasil e dos Palops.