Dia da África: café da manhã colaborativo e apresentações culturais unem comunidade na data
O Dia Mundial da África, 25 de maio, não por acaso foi a data escolhida para o início das atividades letivas, em 2011, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Neste ano pós-pandemia, 2022, a comunidade acadêmica se reuniu para celebrar o continente e, por que não, a retomada do convívio.
No Campus da Liberdade, em Redenção/CE, a Reitoria convidou servidores para um café da manhã colaborativo. “Obrigada por atenderem tão prontamente ao convite, vejam que festa linda”, disse a vice-reitora, Cláudia Carioca. O reitor, Roque Albuquerque, ressaltou que “o Dia Mundial da África é um ótimo motivo para estarmos juntos”.
O grupo Vozes d’África fez uma apresentação com muita cor e movimento. Vozes d’África é uma iniciativa que visa a promoção e fortalecimento da integração acadêmica e cultural entre os países da cooperação, articulando a investigação, circulação e produção de linguagens artísticas múltiplas e entrelaçadas, mas com prioridade para a música e a literatura como veículos do debate e da reflexão sobre a tensão entre a unidade cultural nacional e a diversidade cultural, especialmente os seus significados identitários, envolvendo todos os países da integração.
A programação não se restringe a um só dia, seguindo com a Semana da África, de 23 a 28 de maio, com apresentações de GT´s, cursos, mesas-redondas, palestras, além de atividades culturais e esportivas.
Malês
No Campus dos Malês, em São Francisco do Conde/BA, houve passeata nas ruas da cidade e também minicurso, apresentação de trabalhos, por meio GT “Educação, democracia e políticas”, além de atividades culturais – com danças e músicas tradicionais e modernas dos países africanos lusófonos.
Na mesa de abertura, a diretora do campus dos Malês, Mírian Reis, destacou o protagonismo dos estudantes africanos na organização do evento. “Dia da África para celebrar no continente, na diáspora, na Unilab e em cada um de nós”, pontuou.
A diretora e outros membros da mesa também sublinharam a celebração em um momento pós-pandêmico, com retorno das atividades presenciais. Para o estudante guineense do curso de Letras/campus dos Malês, Ivanildo Pereira Có, a data significa liberdade e consciência das lutas pelas independências. “Para nós, jovens, é também uma reflexão sobre como podemos nos libertar da alienação das influências europeias no nosso continente e sobre nossa autossuficiência, de não precisar depender dos outros, nessa época de neocolonialismo”, aponta o discente.