Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Unilab e escolas realizam 6ª Semana de Sociologia do Maciço de Baturité

Data de publicação  22/09/2023, 14:02
Postagem Atualizada há 1 ano
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Ocorreu, nos últimos dias 30 e 31 de agosto, a 6ª Semana de Sociologia, uma ação organizada coletivamente pelo Estágio Supervisionado em Sociologia, programas PIBID e Residência Pedagógica em Sociologia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e escolas da região do Maciço de Baturité envolvidas com os programas – Escola Liceu Domingos Sávio (Baturité), Escola Maria do Carmo Bezerra (Acarape), Escola Camilo Brasiliense (Redenção), Escola José Ivanilton Nocrato (Guaiúba) e Escola José Tristão Filho (Guaiúba).

As ações foram realizadas nas escolas e na Unilab, dialogando sobre temáticas pertinentes à sociologia e aos contextos educativos a partir de palestras, rodas de conversa, exposição fotográfica, entre outras atividades culturais e artísticas.

No salão da igreja católica de Acarape houve uma tarde de atividades com os estudantes da Escola Maria do Carmo Bezerra e residentes do Programa de Residência Pedagógica em Sociologia. A atividade foi organizada pelo professor da escola e egresso da Unilab, Márcio Lima.

Uma plateia jovem e curiosa com o mundo universitário assistiu à palestra “Marcas na contemporaneidade na formação identitária do povo brasileiro”, proferida pelos sociólogos e professores da Unilab Sebastião André de Lima e Janaína Lobo.

Abordou-se a formação da sociedade brasileira, um país profundamente desigual em que racismo e imperialismo ainda são questões não superadas.

“O Brasil privilegia classes dominantes na inserção no mercado de trabalho, em profissões que possibilitam viver com dignidade. Em sociedades que dificultam a ascensão social, tendo consciência dos obstáculos, você pode traçar objetivos para alcançar seus desejos, definir planos… a Unilab está aqui do lado, com excelentes professores, bolsas, Restaurante Universitário”, sinalizou Sebastião André.

Apresentação de hip hop com o graduado da Unilab Fresh, atualmente mestrando no Mestrado em Estudos da Linguagem, no Campus dos Malês.

A professora Janaína Lobo contou de sua trajetória na escola pública e como resolveu cursar Sociologia. “Odiava Sociologia, não conseguia correlacionar com a realidade. Até que fui a uma palestra com o professor Flávio Reis (UFMA) e minha visão mudou. Posso dizer que a minha redenção, em todos os aspectos, foi a Educação. Dei aula para muitos cursos, Direito, área da Saúde, e agora estou concentrada nos cursos das Humanas. Entrei no curso de Sociologia em 2003, no início da era Lula, e nunca fiquei um dia sequer sem Restaurante Universitário”, ressaltou.

Sobre a desigualdade no Brasil, a docente chamou atenção para o racismo e como as abordagens policiais evidenciam o preconceito. “A juventude periférica é visada pela Polícia até hoje. Quantas mulheres negras ingressam no mercado de trabalho? Não só pessoas negras, mas indígenas, pequenos agricultores, populações minorizadas. Em 2023 estamos ainda falando de coisas de séculos atrás”, afirmou.

Além da palestra com os professores da Unilab, houve oficina de tranças e apresentação de hip hop com o graduado da Unilab Fresh, atualmente mestrando no Mestrado em Estudos da Linguagem, no Campus dos Malês.

Oficina de tranças.

 

Parceria institucional 

Da esquerda para a direita: professora Joana Röwer, da Unilab; professora Edna Alves, coordenadora da Escola Maria do Carmo Bezerra (Acarape); e professor Márcio Lima, egresso do curso de Sociologia da Unilab.

A professora Joana Röwer, coordenadora da Residência Pedagógica em Sociologia, entregou à gestão da escola um certificado de gratidão e reconhecimento de parceria institucional. “São encontros significativos de aprendizagem, de afeto. A gente tá aproximando a escola da universidade. Num curso de formação em Licenciatura, é na escola que se aprende a ser professor. É uma parceria constante, mas a cada ano diferente”, sublinhou.

O professor Márcio Lima, nascido em Acarape e formado pela Unilab em 2018, ressaltou que o evento é um esforço da escola em contemplar todos os elementos necessários para uma formação integral e proporcionar um contato mais próximo dos estudantes com a universidade. “Para além dos conhecimentos que os professores trouxeram, também tivemos o objetivo de mostrar que a universidade tem as portas abertas para recebê-los e que é uma realidade possível pra eles”, declarou.

Lima também expõe o caráter de formação continuada da atividade. “A discussão não se encerra no evento. Em seguida, nós continuamos o debate em sala de aula”, pontuou.

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