O Coletivo de Mulheres Africanas da Unilab- Campus dos Malês realiza o I Fórum Internacional de Mulheres Africanas, em um marco simbólico e histórico: no dia 31 de julho, celebra-se o Dia Internacional da Mulher Africana, instituído  em 1963 na Conferência das Mulheres Africanas, em Dar Es Salaam (Tanzânia). Em 2025, essa data coincide com os 50 anos das independências de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe – países parceiros da UNILAB -, reforçando a importância da reflexão sobre os legados das lutas de libertação e os caminhos para a soberania dos povos africanos.

Essa convergência histórica é um convite à reflexão crítica sobre a condição das mulheres africanas na atual conjuntura internacional, evidenciando a urgência de políticas públicas reparatórias, da valorização das epistemologias negras e africanas e da reconstrução de narrativas de resistência.

O Fórum contará com duas mesas-redondas centrais, que aprofundam temas estratégicos:
Mesa-redonda I – Políticas Públicas e Protagonismo de Mulheres Negras e Africanas: Caminhos para a Reparação. Nesta mesa, será debatido o papel das mulheres negras e africanas na formulação e incidência em políticas públicas que visem a justiça reparatória. A discussão abordará as desigualdades históricas e estruturais, os mecanismos institucionais de exclusão e as estratégias de resistência e mobilização construídas por mulheres em espaços políticos, acadêmicos e comunitários.

Mesa-redonda II – Soberania Epistemológica e os Desafios dos Saberes de Resistência nas universidades. Esta mesa discutirá a centralidade das epistemologias negras e africanas como forma de soberania intelectual e política. O objetivo é tensionar os limites do pensamento eurocêntrico no espaço universitário, valorizando os saberes ancestrais, comunitários e insurgentes como fundamentos para a construção de universidades africano-centrado e revolucionário.

O evento homenageará figuras históricas como Okinka Pampa, Josina Machel (Mocambique), Titina Silá (Guine-Bissau), Deolinda Rodrigues (Angola) e Nhanha Bongolom (Cabo Verde) Alda Espírito Santos (São Tomé e Príncipe), mulheres que enfrentaram os regimes coloniais, o patriarcado e o racismo institucional, deixando legados vivos nas lutas por libertação e justiça social.

Com a participação engajada de estudantes de graduação e pós-graduação como palestrantes, o Fórum reafirma o compromisso do projeto político-pedagógico da UNILAB com a formação crítica, a liderança jovem africanos e afro-brasileiras/os e a integração entre ensino, pesquisa e extensão voltada à transformação social. Ademais, destaca-se que a participação da juventude afro-africana e afro-diaspórica como protagonista dos debates consolida o espaço universitário como território de formação política e de construção coletiva de futuros possíveis.

Programação: 

Data: 31 de julho de 2025

Horário: 14h

Transmissão: OBTV – Link do YouTube para os ouvintes, 14h:

https://www.youtube.com/live/cMXGSHiDsrE?si=AngRFqBhbGpjrOrq 

Mesa redonda 1 

–Tema Políticas Públicas e Protagonismo de Mulheres Negras e Africanas: Caminhos para a Reparação 

Fatumata Mané – Graduando em Pedagogia (Guiné-Bissau)

• Cátia Regina – Consultora acadêmica e ativista, egressa da UNILAB (Brasil) Simão Quadé – Mestrando em Estudos de Linguagem (Angola)

Debatedora: Joana Semedo Bangurá Bacharelado em Humanidades (Guiné-Bissau)

Mesa redonda 2 

TEMA 

Horário: 16h

Soberania epistemológica e os desafios dos Saberes de Resistência nas 

Universidades 

Convidadas/os:

Andréia Damas dos Santos Baticam – Graduanda em Letras (Guiné-Bissau)

• Domilcia Zumba – Relações Internacionais (Angola)

Crispal da Costa Quiquelo- Curso de Letras (Guiné-Bissau) Vitorino Mendes Indanhe Graduando em Letras, Angola

Link do YouTube para os ouvintes, 16h:

https://www.youtube.com/live/7Xf2WLGEn8I?si=a0WdDCWy_V7wxjeF 

Organização: Coletivo de Mulheres Africanas, UNILAB-Malês