Unilab homenageia a escritora Carolina Maria de Jesus com roda de conversa
Mulher, negra, favelada e escritora. Assim foi a autora de “Quarto de despejo”, Carolina Maria de Jesus, que completaria 100 anos em 2014. A Unilab, por meio da Pró-Reitoria de Extensão Arte e Cultura, homenageia Carolina em roda de conversa com a escritora e coordenadora de disseminação de informações da Fundação Cultural Palmares, Cidinha da Silva. A atividade ocorre nos dias 5 e 6 de novembro, como parte da programação da I Semana de Humanidades e Letras. Confira:
– Campus da Liberdade, Redenção/CE
Roda de Conversa: Mídia e relações raciais nas crônicas de Cidinha da Silva. Dia 05, às 13h30, no anfiteatro.
A partir do livro de crônicas “Racismo no Brasil e afetos correlatos”, Cidinha da Silva discutirá o tema da mídia e relações raciais, considerando aspectos da presença negra na televisão e na imprensa escrita. O processo criativo da autora e a veiculação de sua produção via internet serão analisados também.
Lançamento do livro “Onde estaes felicidade?”. Dia 05, às 17h30, no anfiteatro.
A obra se chama “Onde estaes Felicidade?”, composta por conto de nome homônimo e um depoimento de Carolina, quando de sua chegada a São Paulo, na favela do Canindé (textos inéditos), além de seis ensaios sobre Carolina e sua obra e um ensaio fotográfico, escritos por pessoas ligadas ao movimento de literatura periférica e negra. A editora é a Me Parió Revolução, apoiada pela Fundação Cultural Palmares.
– Campus dos Malês, São Francisco do Conde/BA
Lançamento do livro “Onde estaes felicidade?”. Dia 06, às 13h30.
Sobre Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus foi “descoberta” por um jornalista em 1958, na favela de Canindé, em São Paulo. Dois anos depois, lançava o livro “Quarto de despejo”, que vendeu mais de 80 mil exemplares no Brasil e foi traduzido para 13 idiomas. A obra é uma espécie de diário da vida de Carolina, catadora, que deixou Sacramento, em Minas Gerais, para ir morar em São Paulo. Apesar do sucesso, a escritora morreu pobre e isolada, em 1977, sendo redescoberta na década de 1990.