SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE – Filme produzido nesse país fortalece poder da mulher contra a violência doméstica
Durante o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, a ONG santomense Galo Cantá lançou uma campanha para finalizar um curta-metragem em tributo ao tema. O curta “Elsa Figueira” conta a história de uma mulher que se impõe perante a violência doméstica e passa a auxiliar outras vítimas dessa situação.
“É como uma história de uma heroína”, conta o diretor Kris Haamer, um dos fundadores da Galo Cantá. “Esse era o nosso objetivo: criar uma personagem poderosa, que ficasse com as pessoas e as fizesse pensar sobre o assunto não apenas durante os 15 minutos do filme, mas que a história ficasse com elas por um período mais longo”.
Elsa também possui uma página no Facebook, no qual interage com o público como se existisse fora da ficção. O roteiro é de autoria do rapper Pekagboom, que viu a própria mãe viver a experiência dolorosa.
As cenas foram rodadas em português, mas receberam legendas em idiomas como inglês, francês e espanhol, já que a violência doméstica não se restringe ao arquipélago lusófono de África.
A ideia é lançar “Elsa Figueira” em 14 de fevereiro de 2015, Dia dos Namorados. Mas ainda faltam recursos para concluir as filmagens. Por isso, uma campanha na plataforma Kickstarter pretende arrecadar oito mil euros até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Quem contribuir terá recompensas que incluem baixar o curta-metragem no iPhone ou no iPad.
Campanha global pela igualdade de gêneros
A iniciativa se insere na campanha #HeForShe, da ONU Mulheres, que busca conscientizar os homens sobre a importância da igualdade entre gêneros.
“Eu sou um homem, quem escreveu o roteiro é um homem, e a #HeForShe é sobre homens que tomam uma atitude contra a violência doméstica. E isso, na verdade, é o que estamos a fazer, então faz sentido para nós nos alinharmos também com a campanha”, avalia o diretor Kris Haamer.
O filme segue o lema “Kua ku wê ka pia, no capô muda”, ou “O que olhos vêem, nós podemos mudar”.
Fonte: Deutsche Welle.