Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Festival das Culturas apresenta a diversidade de artes e sabedorias no campus dos Malês, nos dias 29 a 31/10; confira a programação

Data de publicação  29/10/2024, 12:31
Postagem Atualizada há 2 semanas
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No campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, a diversidade de artes e sabedorias deu o tom do primeiro dia do Festival das Culturas – evento que, no campus baiano da Unilab, iniciou na manhã desta terça-feira (29/10) e segue até o dia 31 de outubro. O Festival conta com algumas atividades também no Mercado Cultural de São Francisco do Conde. Compõem a programação do festival, além de oficinas, rodas de conversa, feiras, exposições, mostras, performances, apresentações musicais, de dança, de teatro, entre outras manifestações artísticas e culturais.

> Confira aqui a programação completa do Festival das Culturas no campus dos Malês

“O Festival de Culturas no campus dos Malês está na sua oitava edição. É um evento que sempre tem apelo muito forte tanto para o público interno como externo, porque mostra o que é feito no campus o ano todo, com sua efervescência cultural, artística, de apresentações e de outras expressões que o campus dos Malês traz. A programação deste ano foi feita a partir da proposição dos estudantes e da comunidade externa. Foi feita uma busca com a comunidade externa – inclusive com a Secretaria de Cultura da prefeitura [de São Francisco do Conde] – e este ano teremos atividades no Mercado Cultural, para nos integrarmos à cidade e à comunidade externa também”, explica Norberto Magalhães, técnico-administrativo em educação que atua no setor de Extensão, Arte e Cultura e é um dos organizadores do Festival das Culturas no campus dos Malês.

Oficinas

No primeiro dia do Festival das Culturas, oficinas abriram pela manhã o evento no campus dos Malês. A bacharel em Ciências Sociais da Unilab Joselita Gonçalves dos Santos, também conhecida como dona Joca, apresentou o trabalho de conclusão de curso dela intitulado “Memórias que curam: saberes ancestrais no Quilombo Dom João”. Ela explicou algumas propriedades e benefícios de ervas medicinais que são plantadas e utilizadas no Quilombo Dom João, do qual é integrante. “Meu pai era do terreiro de Candomblé e foi com ele que aprendi os conhecimentos sobre as ervas”, conta dona Joca. Ela incentiva que todos procuremos a sabedoria dos nossos ancestrais, que envolve o uso de plantas medicinais. “Todos vocês que estão aqui têm família – avós, bisavós – que ensinam algo, que sabem sobre chás”, aponta.

Outra oficina ofertada na abertura do evento foi de contação e produção de zines, com o estudante de História Isaque de Jesus Oliveira. O discente conta que o trabalho com a metodologia de ensino utilizando e fanzines nasceu de um incômodo nos estágios que realizou, quando deparou-se com a falta de materiais didáticos na sala de aula. A partir disso, nasceu há dois anos esse projeto – um trabalho historiográfico e literário que, segundo explica, “leva referências de negritude e da população indígena para a sala de aula”, diz. Um dos zines criados, “Histórias do Velho Chico”, traz histórias orais de moradores de São Francisco do Conde (BA). Outro zine desse projeto, “Revista Maria Felipa”, traz referências de mulheres negras. “São narrativas que, por meio de zines, trazem metodologia de baixo custo e que conseguem puxar o interesse dos alunos de forma rápida e de uma maneira que eles consigam participar também das produções”, aponta Oliveira.

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