Independência de São Tomé e Príncipe é celebrada na Unilab
Os estudantes da Unilab comemoraram, na manhã desta quinta-feira (12), o 37º aniversário de independência de São Tomé e Príncipe, país insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais. A programação contou com recital de poesias da escritora Alda do Espírito Santo, danças culturais e desfile de trajes típicos, além da apresentação da peça “Leve-leve, que mostrou o dia a dia do país. Na abertura do evento, os presentes cantaram o Hino Nacional de São Tomé e Príncipe.
Participaram da comemoração a vice-reitora da Unilab, Maria Elias, as pró-reitoras de Graduação, Jacqueline Freire, e de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Stela Meneghel, e o coordenador de Assuntos Estudantis, José Veríssimo, além de professores e coordenadores. A cerimônia foi apresentada pelos santomenses Sandro Constantino e Cesaltina Gomes.
A vice-reitora Maria Elias saudou os representantes de São Tomé e Príncipe. “Esse é um momento importante para a integração entre os países e o compartilhamento de idéias. Além disso, vivemos um sentimento de união, libertação e autonomia”, destacou a vice-reitora.
Edvaldo Cardoso, 19 anos, estudante de Agronomia da Unilab, estava contente em comemorar pela primeira vez a independência fora do país. “E muito legal porque tem muita integração e é importante para apresentar a nossa cultura e realidade. Seria muito bom se todo mundo pudesse mostrar é como o seu país”, disse Edvaldo.
A jovem santomense Jacira Fernandes está passando férias em Redenção e aproveitou a ocasião para participar das atividades promovidas pela Unilab. “Achei muito boa a iniciativa da Universidade em mostrar a cultura de outros países”, falou a estudante que cursa Direito em uma instituição de ensino em Fortaleza.
Poesia: Lá no “Agua Quente” (Alda do Espírito Santo)
Lá no “Agua Grande” a caminho da roça
Negritas batem que batem co’a roupa na pedra,
Batem e cantam modinhas da terra.
Cantam e riem em risco de mofa
Histórias contadas, arrastadas pelo vento.
Riem alto de rijo, com a roupa na Pedro
e põem de branco a roupa lavada.
As crianças brincam e a água canta
Brincam na água felizes..
Velam no capim um negrito pequenino
E os gemidos cantados das negritas lá do rio
Ficam mudos lá na hora do regresso…
Jazem quedos no regresso para a roça.
Poesia: Ilha Nua (Alda do Espírito Santo)
Coqueiros e palmares da Terra Natal
Mar azul das ilhas perdidas na conjuntura dos séculos
Vegetação densa no horizonte imenso dos nossos sonhos.
Verdura, oceano, calor tropical
Gritando a sede imensa do salgado mar
No deserto paradoxal das praias humanas
Sedentas de espaço e devida
Nos cantos amargos do ossobô
Anunciando o cair das chuvas
Varrendo de rijo a terra calcinada
Saturada do calor ardente
Mas faminta da irradiação humana
Ilhas paradoxais do Sul do Sará
Os desertos humanos clamam
Na floresta virgem
Dos teus destinos sem planuras…