Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

IV Encontro Pedagógico segue com programação até o dia 20

Data de publicação  18/12/2012, 11:31
Postagem Atualizada há 11 anos
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Professores e estudantes participaram do IV Encontro Pedagógico

Teve início, na manhã desta terça-feira (18), o IV Encontro Pedagógico, evento promovido pela Pró-Reitoria de Graduação da Unilab. O encontro, que conta com a participação de professores e representantes estudantis, segue até o próximo dia 20, com uma extensa programação.

Paulo Speller

O reitor Paulo Speller fez a abertura do evento, saudando os profissionais que fazem parte do corpo docente da universidade, além de refletir sobre a atuação da Unilab no contexto da educação superior brasileira. “Ao falar da Unilab, é preciso levar em consideração que estamos falando de uma universidade localizada no interior de um estado e foi criada recentemente. Porém, já exercemos um papel muito importante, com professores de excelência, a construção de uma nova estrutura e a realização de ações que promovem a mobilidade acadêmica”, explicou.

Pró-reitora de Graduação, Jacqueline Freire

A pró-reitora de Graduação, Jacqueline Freire, agradeceu aos colaboradores e fez uma retrospectiva dos encontros pedagógicos anteriores. “O nosso primeiro encontro, ocorrido em maio de 2011, foi o primeiro momento de confraternização entre os professores. De lá pra cá, continuamos realizando este processo como uma forma de integrar, avaliar o trabalho e incentivar que sejam expressas as vozes silenciadas”, explanou.

A coordenadora de ensino de Graduação, Andrea Linard, fez considerações sobre o evento. “A Prograd está muito feliz com a oportunidade de vivenciar o IV Encontro Pedagógico. Neste evento, temos a chance singular de discutir a universidade na ótica do discente e do docente, assim como também poderemos vislumbrar os rumos para os quais caminha a Unilab”, disse.

Professora do Curso de Engenharia de Energias Artemis Pessoa Guimarães

A professora do curso de Engenharia de Energias, Artemis Pessoa Guimarães, comentou as expectativas do encontro. “A gente sempre espera que esses momentos tragam mais subsídios para serem utilizados em sala de aula, além de ser uma oportunidade para conhecer mais sobre a Unilab e ter uma maior integração com professores de outras áreas de formação”.

Professora do Curso de Agronomia Aiala Amorim

Aiala Amorim, professora do curso de Agronomia, falou sobre a importância do evento para a atuação como docente. “Este é um momento de refletir, com critério, sobre a diversidade linguística e cultural para que possamos aprimorar as nossas práticas pedagógicas a fim de atingir os objetivos propostos pela Unilab”, observou.

Diversidade linguística 

Professores Cássio Rubio, Léia Menezes, Valdinar Custódio, Bruno Okoudowa e Ana Cristina Cunha

Na parte da tarde, os participantes do IV Encontro Pedagógico debateram o tema “Diversidade Linguística – porque compreendê-la é imprescindível à convivialidade e ao fazer docente”. Dentro desse contexto de integração internacional em torno da lusofonia proposta pela Unilab, os professores do Curso de Letras Léia Menezes, Cássio Rubio, Valdinar Custódio, Bruno Okoudowa apresentaram palestas referentes ao tema geral.

Professora Léia Menezes

A professora Léia Menezes apresentou o tema “Português é muito difícil – a milenar confusão entre língua e gramática normativa na tradição escolar: origens e repercussões na vida acadêmica “. Em sua palestra, ela se deteve à percepção científica sobre os fenômenos linguísticos do português brasileiro. Ela explicou que ao longo do ensino da gramática normativa, foi construído uma concepção de que as manifestações que escapam ao triângulo escola-gramática-dicionário são erradas. “Mas a linguística nos traz a reflexão de que essa norma de prestígio da norma padrão é apenas uma norma, não é o todo. O uso dessas manifestações são tão legítimas quanto as da norma padrão”, diz. Ela alerta que o professor deve ter essa compreensão para não disseminar em sala de aula o preconceito linguístico, embora faça parte de seu trabalho continuar cobrando o uso da norma padrão em atividades que assim exigirem, como trabalhos, relatórios, provas.

Professor Cássio Rubio

O professor Cássio Rubio, que tratou do tema “Diversidade linguística e pluralidade cultural no Brasil – os brasil linguísticos”, reforçou a argumentação explicando que a língua portuguesa brasileira   é diversa em sua própria criação, visto que ela foi formada a partir das influências do português europeu (Portugal), línguas indígenas, africanas e demais línguas europeias, e ainda possui variações em seu uso determinadas por aspectos regionais, econômicos, sociais e culturais. “Há um mito no Brasil de que todos nós falamos a mesma língua. Mas isso não é verdade. Foram diversas influências ao longo da formação do português brasileiro”, diz. Cássio reforça que o ensino da norma culta nas escolas não deve negar a compreensão por parte do professor da diversidade do uso da língua pelos alunos. “O nosso papel é proporcionar ao aluno a norma padrão que é uma ferramenta de ascensão social, mas devemos saber lidar com a realidade que eles trazem de casa no uso da língua sem preconceito”, explica.

Valdinar Custódio

O professor Valdinar Custódio, ao debater o tema “Diversidade linguística – desafios para a prática docente”, reforça que é papel do professor, para um melhor aprendizado dos seus alunos, fazê-los compreender o uso formal e o uso informal da língua portuguesa. “Do ponto de vista científico, do ponto de vista de valoração social, os alunos precisam dominar o grau formal da língua. Mas usar a linguagem formal ou informal, dependerá da situação e eles devem aprender”, diz.

Bruno Okoudowa

O professor  Bruno Okoudowa apresentou a palestra “Os desafios do português brasileiro para os alunos de países lusófonos do continente africano e do Timor Leste – compreendendo a variação linguística para além do Brasil”. Ele enfatizou em sua apresentação a necessidade de os professores da Unilab entenderem o uso da língua portuguesa sob a ótica dos alunos estrangeiros. Ele  explica que o português falado nos países de origem dos alunos, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, foi formado a partir da junção com as línguas locais. “A dificuldade que muitos alunos têm em falar português brasileiro não é uma questão cognitiva. É uma realidade social e cultural que deve ser entendida e respeitada”, destaca.

As atividades do IV Encontro Pedagógico da Unilab terão continuidade nesta quarta-feira (19). Pela manhã, haverá o Painel “Diálogo entre Identidades: Brasil, África e Portugal. À tarde, será realizado o debate Unilab e a Prática Pedagógica: fortalecendo a identidade e (re)definido rumos.

Programação completa

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