Unilab participa de programa nacional de formação voltado para Juventude Rural
A Pró-Reitoria de Graduação e a Área de Desenvolvimento Rural da Unilab promoveram hoje (20) à tarde uma reunião para discutir a implantação do projeto-piloto do Programa de Formação Cidadã e Agroecológica com Geração de Renda para a Juventude Rural da Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), ligada à Secretaria Geral da Presidência da República. O encontro foi realizado no bloco didático do Campus da Liberdade, em Redenção (CE), e contou com a presença de professores da Unilab, UFC, UVA, URCA, UECE, representantes de organizações sociais parceiras do programa, como MST, Fetraece, Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Juventude Rural, Escola Família Agrícola, comunidades indígenas, quilombolas, Instituto Terra Mar, Comunidade da Prainha do Canto Verde, além de gestores de organismos públicos ligados à questão da terra.
A reunião começou com a apresentação detalhada do programa, feita pelos técnicos da SNJ, Paulo Mansan e Euzamara de Carvalho. O “Programa de Formação Cidadã e Agroecológica com Geração de Renda para a Juventude Rural” tem o objetivo de promover a inclusão produtiva da juventude rural através da formação cidadã, baseada nos preceitos agroecológicos. O projeto-piloto vai beneficiar 600 jovens no Brasil e será executado pela Universidade de Brasília e pela Unilab (cada instituição vai disponibilizar 300 vagas). A ação será focada em três dimensões: 1. Curso de formação agroecológica, cidadã, para a geração de renda sustentável; 2. Microprojetos de inclusão produtiva; 3. Acesso a programas e políticas públicas já existentes (para financiar os microprojetos). A proposta é contribuir para a permanência do jovem no campo, garantindo condições para a sucessão familiar no meio rural.
Em seguida, a professora Jacqueline Freire, pró-reitora de Graduação da Unilab, apresentou a proposta da Unilab de atuação no projeto-piloto. Ela informou que o planejamento das ações está sendo realizado em parceria com a UFC, que já tem larga experiência em projetos de extensão rural no interior do Estado. A proposta foi intitulada “Curso de Formação Agroecológica e Cidadã para Fortalecer a Inclusão Produtiva da Juventude Rural” e terá como metologia a Pedagogia da Alternância, em que os jovens terão experiências em sala de aula e no campo. No chamado ‘Tempo Escola’ serão oferecidas 200 horas/aula de formação, divididas em cursos presenciais de 40 horas/semanais. Já o ‘Tempo Comunidade’ será composto de quatro encontros de campo de três dias ou 25 horas/semanais. As 300 vagas disponíveis para o Ceará serão divididas em oito turmas (de no máximo 40 alunos cada uma). O projeto será finalizado com a elaboração dos projetos produtivos (individuais ou coletivos) de base agroecológica e sustentáveis.
As ações serão concentradas nas regiões polarizadas pelos municípios de Canindé e Crateús, por serem locais onde as organizações sociais parceiras atuam; há um grande número de assentamentos federais e estaduais e por apresentarem boa estrutura para realização dos encontros de formação.
Entre os critérios da seleção dos jovens que participarão do projeto estão: residir no campo; apresentar carta de motivação e recomendação das organizações sociais parceiras; viver em assentamentos rurais ou em pequenas propriedades; ser jovem trabalhador sazonal, ser jovem indígenas e pescador. Os candidatos não podem ser vinculados a outros projetos como Pronera e Saberes da Terra.
De acordo com o cronograma preliminar apresentado pela Unilab, as atividades devem começar em maio. Durante todo o mês de abril serão realizadas várias atividades preparatórias. A primeira delas é um Seminário de Planejamento e de Formação para definir as regras e os parceiros que vão atuar diretamente nas ações de planejamento, seleção, acompanhamento e avaliação dos jovens. Além da Unilab e UFC, também participam como instituições parceiras as organizações sociais que devem indicar os jovens: MST, Fetraece, Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Juventude Rural, Escola Família Agrícola, comunidades indígenas, quilombolas, Instituto Terra Mar e Comunidade da Prainha do Canto Verde.