Unilab recebe encontro sobre Educação Física Inclusiva
Neste dia 16, a Unilab recebeu, no Anfiteatro do Campus da Liberdade, o Seminário de Educação Física Inclusiva, promovido pela Associação de Pais e Amigos dos Deficientes de Redenção (APADR). O evento contou com a presença de educadores físicos, estudantes e professores da educação básica, além de especialistas e interessados sobre a questão da educação inclusão. Na ocasião, participaram representantes de municípios da Região do Maciço de Baturité, como Redenção, Acarape, Guaiúba e Barreira, além de Pacatuba, Maracanaú, Itaitinga e Fortaleza.
A abertura foi realizada pela pró-reitora de Extensão, Arte e Cultura, Analu Silva Souza. Ela falou sobre o desafio e a disponibilidade da universidade para discutir e desenvolver ações que promovem a inclusão. “A Unilab é composta por pessoas com diferenças físicas, sociais, étnicas e culturais. Então, é preciso pensarmos tanto na produção de materiais quanto na formação de professores que respeitem essas diferenças. O maior diploma de uma pessoa é saber ouvir o outro e se colocar a disposição para aprender e aprender com o objetivo de transformar o mundo”, comentou.
O educador físico da Unilab, Jorge Marinho, enfatizou a importância de debater sobre o assunto. “O tema está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, tendo aumentado significantemente a demanda pelo diálogo que promova a inclusão. Sendo a Unilab uma instituição que tem como norte a cooperação solidária, não conseguiria imaginar um local mais propício para a realização desse seminário”, afirmou.
De acordo com pedagogo e o coordenador da APADR, José Stênio da Silva Chaves, este evento é o pontapé inicial para as atividades de discussão e promoção da educação inclusiva, por meio do esporte, entre os municípios da Região do Maciço de Baturité e circunvizinhos, com o apoio da Unilab. “A ideia é promover a troca de boas experiências entre as pessoas dessas cidades. Além de incentivar que crianças e jovens tenham a oportunidade de participar de competições paraolímpicas e, quem sabe, chegar até as Paraolimpíadas de 2016, que vai ser no Brasil”, destacou.
Também esteve presente no evento o atleta paralímpico de natação, que foi oito vezes campeão nacional e está no terceiro lugar no ranking mundial na prova de 200 metros livre, Edvaldo Prado. Ele atualmente é presidente do Centro Paralímpico de Maracanaú. “A pior deficiência é aquela quando a pessoa não se sente capaz. Eu tinha tudo para ser um derrotado, mas Deus me deu uma oportunidade e eu me apeguei a isso. Não baixei a cabeça para o preconceito e continuei lutando e sonhando. Somos todos campeões por estarmos vivos”, disse.
Após a mesa de abertura, a pedagoga e coordenadora de educação inclusiva da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Soraya Eli, discutiu o tema “Práticas de convivência da educação física inclusiva”. Segundo ela, a inclusão deve ocorrer para todas as pessoas e não só para aquelas com algum tipo específico de deficiência. “Não existe escola sem pessoas com deficiências. Nós temos que pensar a inclusão para todos”, disse. No decorrer do debate, ela falou sobre o contexto histórico da educação inclusiva na perspectiva social e familiar.
No período da tarde, a mestre em Ciências da Educação e tutora da educação a distância da Unilab, Ana Paula Fonseca, irá ministrar uma palestra sobre políticas públicas voltadas para a educação inclusiva. Em seguida, José Stênio da Silva Chaves, conversará sobre as perspectivas e próximas ações do projeto.