Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

IHL encerra trimestre com palestra de um dos melhores escritores africanos do século XX

Data de publicação  26/08/2013, 18:02
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Ungulani Ba Ka Khosa (ou Francisco Esaú Cossa) é escritor e historiador nascido em Moçambique

A Unilab realiza, nesta quarta-feira (28), o Encerramento do Trimestre Letivo do Instituto de Humanidades e Letras. Para prestigiar este momento, foi convidado o escritor e historiador moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, que ministrará a palestra “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: Literatura, revoluções e memórias silenciadas”, a partir das 16h30, no Anfiteatro do Campus da Liberdade (Redenção-CE). Na ocasião, o palestrante também lançará o livro Ualalapi, de sua autoria.

Encontro com o escritor Ungulani

Partindo de um contexto em que muitos países já tinham sua literatura impregnada de valores que a singularizam frente às outras, Ungulani acredita que os países africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) ainda buscam sua independência na tentativa de definir o que são as literaturas angolana, cabo-verdiana, guineense, moçambicana e santomense. Segundo ele, “começamos por excluir, antes de erigirmos o nosso edifício”.

De acordo com o escritor, “os PALOP definiram-se como países que tinham que matar a tribo para que nascesse a nação”. “Foi entre estas balizas ‘assassinas’ que nós, escritores nascidos com as independências, demos os nossos primeiros passos”, explica Ungulani.

Realização do Instituto de Humanidades e Letras (IHL/ UNILAB) e NANDYALA Livraria & Editora, com apoio da Reitoria da UNILAB, a palestra tem como público-alvo a comunidade universitária e comunidade externa (estudantes do Bacharelado em Humanidades e do curso de Letras terão direito a certificados). O acesso será por meio de inscrição por ordem de chegada e com vagas limitadas a 200 pessoas.

Sobre o palestrante
Ungulani Ba Ka Khosa, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de Francisco Esaú Cossa, nasceu em 1º de Agosto de 1957, em Inhaminga, província de Sofala. Bacharelou-se pela Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane (UEM/Maputo) em ensino de História e Geografia em 1981 e exerceu a função de professor do ensino secundário. Foi diretor adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique e, em estreita colaboração com cineastas nacionais, participou na elaboração de roteiros dos jornais cinematográficos e alguns guias cinematográficos.

Durante a década de 90 foi cronista de vários jornais nacionais. Foi co-fundador da revista literária Charrua. É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos. Foi agraciado com: Prêmio Gazeta de Ficção Narrativa, em 1988; Prêmio Nacional de Literatura, em 1991; Homenagem da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em 2003; Prêmio José Craveirinha, em 2007; e com Ualalapi, obra de estreia, consta da lista dos 100 (cem) melhores autores africanos do século XX. É também autor de Orgia dos Loucos (1990), Histórias de Amor e Espanto (1993), No Reino dos Abutres (2001), Os Sobreviventes da Noite (2005), Choriro (2009) e Entre as Memórias Silenciadas (2013).

Serviço
Palestra “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa: Literatura, revoluções e memórias silenciadas” e lançamento do livro Ualalapi, com Ungulani Ba Ka Khosa (Francisco Esaú Cossa).
Local: Anfiteatro do Campus da Liberdade, Redenção/CE.
Data: 28/08/2013.
Hora: 16h30 às 18h00.
Acesso: gratuito (inscrição por ordem de chegada e limitado a 200 pessoas).

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