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Estudantes do curso de Ciências da Natureza e Matemática fazem expedição aos Geossítios na região do Cariri

Data de publicação  14/08/2014, 11:13
Postagem Atualizada há 10 anos
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Alunos visitam Geossítios e fazem coleta de fósseis.

Alunos visitam Geossítios e fazem coleta de fósseis.

Entre os dias 07 e 10 de agosto, estudantes do curso de Ciências da Natureza e Matemática (ICEN) da Unilab visitaram Geossítios, localizados dentro do Geopark Araripe, na Chapada do Araripe, na região sul do Ceará. A atividade ocorreu durante a aula de campo da disciplina de “Origens da Vida e Evolução”, ministrada pelo professor Jober Sobczak. Além da visita, também foram realizadas coletas de fósseis, com autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), numa pedreira onde mineradores fazem a exploração comercial da “Pedra Cariri”.

O professor Jober Sobczak (à frente) e a turma de alunos em uma das visitas de campo.

O professor Jober Sobczak (à frente) e a turma de alunos em uma das visitas de campo.

De acordo com o professor Jober Sobczak, o objetivo da aula foi ampliar os conhecimentos da turma sobre a importância dos fósseis para o estudo da evolução da vida na terra e chamar a atenção dos alunos, já que muitos não sabiam que haviam registros de fósseis no Ceará.

No primeiro dia, a turma caminhou pela trilha da Floresta Nacional do Araripe, que fica em cima da Chapada. Lá, os alunos foram instruídos por uma guia do geoparque, que os acompanhou durante todos os dias da expedição. A floresta é um local de conservação da biodiversidade e ecossistema, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). O lugar possui em torno de 37 mil hectares e se estende entre os estados de Ceará, Piauí e Pernambuco. Na trilha, a guia explicou todo o processo de formação da chapada, e mostrou dois mirantes com vista panorâmica da cidade de Crato e Juazeiro do Norte.

Professor Idalécio de Freitas dá uma palestra sobre a Chapada do Araripe.

Professor Idalécio de Freitas dá uma palestra sobre a Chapada do Araripe.

Ainda neste dia, a segunda parada dos estudantes foi no Centro de Interpretação e Educação Ambiental (CIEA), onde houve o primeiro contato com fósseis retirados da região. Além disso, o professor Idalécio de Freitas, coordenador e gerenciador do Geopark, deu uma palestra sobre a Chapada e sua importância. Na ocasião, os alunos fizeram uma oficina de réplica de fósseis.

O fim do primeiro dia encerrou-se com uma visita ao laboratório de fósseis do professor da Universidade Regional do Cariri, Álamo F. Saraiva, onde foram vistos vários exemplares de fósseis coletados pela equipe de profissionais do laboratório, assim como o processo de extração do fóssil de uma rocha.

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Equipe da Unilab durante a visita ao Geossítio Floresta Petrificada.

No segundo dia, os alunos visitaram o Geossítio Batateiras, no município do Crato, e os Geossítios Floresta Petrificada e Cachoeira, em Missão Velha. No sítio da Floresta Petrificada, foi realizada a coleta de dois troncos fossilizados que servirão para compor o primeiro acervo de fósseis da Unilab.

Na programação do terceiro dia, os participantes conheceram o Geossítio Ponte de Pedra, em Nova Olinda, e o Memorial Casa Grande, o Geossítio Pontal de Santa Cruz e o Museu de Paleontologia, em Santana do Cariri.

Estudantes da Unilab buscam por fósseis

Estudantes da Unilab buscam por fósseis nos arredores do Geossítio Pedra Cariri

Em seguida, os visitantes realizaram buscas aos fósseis nos arredores do Geossítio Pedra Cariri, no Crato, onde se encontra uma pedreira, explorada por mineradores, em que foram coletados os fósseis. Entre eles, estão alguns exemplares de besouros, plantas, e destaque para a espécie de peixe Dastilbe Crandalli e de Ephemeroptera, possivelmente a espécie Castalimella nordestina. Toda a região onde os fósseis foram retirados era coberta, há milhões de anos, por grande lago, isso explica a grande quantidade de peixes encontrados na Rocha Cariri.

Um dos fósseis coletados.

Um dos fósseis coletados pelos estudantes da Unilab.

Todo o material coletado em campo foi trazido para a Unilab com o intuito de fazer uma exposição ao público e montar o primeiro acervo de fósseis da Universidade. A coleta destes fosseis só foi feita depois da autorização do DNPM na região do Crato, pois este tipo de trabalho sem a licença é considerado crime pela legislação brasileira.

 

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