Unilab e Unila – Universidades de vocação internacional trocam experiências sobre graduação e extensão
A Unilab recebeu, nos dias 20 e 21 de outubro, visita de representantes da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), o pró-reitor de Graduação, Marcos Antonio de Moraes, e a pró-reitora de Extensão, Ângela Maria de Souza. O objetivo foi aproximar as duas universidades públicas, que se assemelham na vocação internacional e de solidariedade com outros países.
A primeira atividade ocorreu na manhã do dia 20, no gabinete da reitora: uma apresentação das duas universidades, explicitando missão, aspectos pedagógicos, estrutura e desafios. Já pela tarde houve visita às instalações da Unilab.
No dia 21, a manhã foi marcada pela apresentação das pró-reitorias de Extensão e Graduação – programas, processos de avaliação e acompanhamento do discente, cursos e processo seletivo. Pela tarde, ocorreu o fechamento da visita. No auditório, os representantes da Unila compuseram a mesa com a pró-reitora de Graduação da Unilab, Andrea Linard, e com a coordenadora de Extensão e Assuntos Comunitários, Rafaella Pessoa. Na plateia, diretores de institutos, coordenadores de cursos e estudantes participaram ativamente da conversa sobre as interfaces entre Unila e Unilab – projetos, potencialidades e desafios.
Pró-reitor de Graduação da Unila, Marcos Antonio de Moraes destaca as semelhanças entre as duas experiências. “Na Unila também vivemos, por exemplo, a questão de como lidar com a língua, como fazer os estágios no país de origem e a instalação de novos cursos. São muitas questões semelhantes”, observa.
Entre os desafios para a Unila, cita um certo distanciamento do Brasil em relação à América Latina, entretanto, aposta no que de positivo pode surgir. “A gente desconhece muito a América Latina, se vê pouco como América Latina, é difícil trazer professores e é um desafio começar a investigar a América Latina. Por outro lado, há conflitos, mas não como algo negativo. Conflitos que provocam debates, motivam outro olhar e desafiam à compreensão mútua”, ressalta.
A coordenadora do curso de Administração Pública e diretora de Educação Aberta e a Distância (DEAAD), Maria Aparecida Silva, também reafirma a riqueza de trabalhar com a diferença. “Quando eu entro na sala com alunos de cinco países diferentes, todo trimestre é um choque para tentar entender como abordar administração pública sem conhecer as realidades diferentes, as estruturas de poder de cada país, mas sempre é muito mais rico quando os alunos são de vários países”, afirma.
Diretor do Instituto de Ciências Exatas e da Natureza (Icen) da Unilab, o professor Aristeu Rosendo atenta para os impactos positivos da multiculturalidade. “A vocação das duas universidades é a internacionalização. Se nós observarmos, as grandes universidades do mundo têm a presença de várias nacionalidades. Nós ganhamos muito com essa troca, essa possibilidade de conhecer o outro”, salienta.
A estudante brasileira do curso de Letras – Língua Portuguesa, Márcia Regina, moradora do Maciço de Baturité, define a experiência da Unilab como utopia que se realizou. “Pessoas do interior com acesso ao ensino superior. Minha mãe dizia que isso era utopia, mas com a Unilab se realizou. Por isso meu relacionamento com a universidade é forte, porque me mostra coisas novas, abre os horizontes, somos instigados a uma prática docente e esse projeto não veio para melhorar a vida de poucos, mas de muitos, de toda a região. É uma experiência gratificante e impulsionadora”, destaca.
A coordenadora de Extensão e Assuntos Comunitários da Unilab, Rafaella Pessoa, reforçou a consonância dos debates. “Tudo o que conversamos nestes dois dias de visita agora está sendo levantado também aqui no auditório e reafirmado pelos professores e estudantes”, observa.