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MOÇAMBIQUE – Ensino superior: Prioridade é aumentar índices de participação

Data de publicação  06/07/2015, 14:13
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As taxas de ingresso no Ensino Superior em Moçambique ainda se situam aquém das expectativas e necessidades dos cidadãos, sendo esta mais uma abordagem a ser tomada em conta nas iniciativas em torno da busca da qualidade.

Esta reflexão é da vice-ministra da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Leda Hugo, que na sua intervenção na conferência sobre avaliação do Ensino Superior, fez menção às evidências empíricas que indicam que as elevadas taxas de participação no Ensino Superior têm uma correlação com indicadores de crescimento econômico e social.

Vice-ministra da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional, Leda Hugo.

“Reconhecendo que a qualidade do Ensino Superior e a qualidade de vida são dois factores que se correlacionam e se influenciam mutuamente, aumentar as taxas de participação no Ensino Superior é ainda uma prioridade para o nosso Governo”, disse.

Ana Nhampule, presidente do CNAQ (Conselho Nacional de Avaliação da Qualidade), entidade do Governo criado para garantir a qualidade do Ensino Superior através da avaliação, acreditação e processos diversos ligados ao resultado de avaliação para a melhoria da qualidade, faz uma avaliação positiva do Ensino Superior oferecido no país.

Reconheceu, no entanto, a existência de muitos desafios a serem tomados em conta no contexto da implementação do sistema nacional de avaliação, acreditação e garantia de qualidade. Mencionou, como exemplo, as fraquezas relacionadas com infra-estruturas, capacitação do corpo docente, qualidade do curriculum, entre outros.

“Contudo isto não significa que não temos qualidade, mas sim o reconhecimento de que temos desafios e necessidade de atuarmos sobre eles, pois essa é finalidade da avaliação”, sublinha.

Sobre os atuais indicadores, a nossa fonte fez menção, sem generalizar, à existência de espaços que não reúnem condições adequadas para a lecionação de certos cursos, como por exemplo informática, que em alguns estabelecimentos de ensino apresenta deficiências na rede informática, desconforto em certas salas de aula, laboratórios sem condições ideais para a oferta da qualidade, só para citar alguns.

“Isso não deve ser generalizado, tem a ver com a avaliação feita em alguns cursos. Pode acontecer que dentro de uma instituição cada departamento e ou direção tenha problemas específicos que não ocorrem em outros: cada departamento é um caso, o mesmo acontecendo em cada curso. Falar destes indicadores não significa que não temos um ensino de qualidade, mas sim a necessidade de melhorarmos”, frisou.

Nos últimos 40 anos o ensino superior em Moçambique passou por grandes e profundas transformações. De apenas uma universidade em 1975, altura da Independência Nacional, passou para três em meados dos anos 1990 e daquele período para cá soma 48 instituições do ensino superior, com tendência de aumentar, a julgar pelo fluxo de entrada de pedidos de abertura de novas instituições, tal como referiu Leda Hugo.

Fonte: Jornal Notícias MZ

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