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Estudante da Unilab publica artigo sobre gênero na capa da Revista Galileu deste mês

Data de publicação  25/11/2015, 15:48
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Capa da Revista Galileu. Divulgação.

Capa da Revista Galileu. Divulgação.

Estampa a capa da revista Galileu de novembro de 2015 o artigo “Gênero – tudo que você sabe está errado”, da estudante Helena Vieira, do curso de Bacharelado em Humanidades, na Unilab, escrito em co-autoria com Gabriela Loureiro, mestranda em Gênero, Feminismo e Sexualidade pela University of Leeds, no Reino Unido.

De circulação nacional, a revista traz o artigo entre as páginas 44 e 53. Nele, as autoras lançam outros olhares em torno da questão de gênero e sexualidade. “Sexo biológico é diferente de gênero e orientação sexual. O primeiro é referente ao órgão sexual do corpo humano. O gênero é a identidade do que é considerado feminino ou masculino, que não é universal e pode variar ao longo do tempo. Já a orientação sexual diz respeito ao tipo de atração, que pode ser por pessoas do mesmo sexo, do sexo oposto, os dois ou nenhum”, explicam.

Além do debate conceitual, trazendo pesquisadores como a estadunidense Judith Butler e o francês Michel Foucault, o texto sugere páginas na internet para aprofundar o debate. As autoras tiveram o cuidado de permear teoria e exemplos de pessoas que sofreram preconceito por não se identificarem com o sexo biológico. Em 2014, 326 pessoas foram assassinadas no Brasil por não se encaixarem nessas regras, segundo relatório do Grupo Gay da Bahia.

Foi a partir da própria vivência que Helena Vieira, travesti e membro do Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidade (NPGS) da Unilab, decidiu estudar a categoria de gênero, ainda em 2008. Hoje, ela é considerada uma das referências nacional em Teoria Queer e estudos de gênero.

“Eu queria entender como as pessoas como eu poderiam se inserir no mundo e para isso tive que entender todos os mecanismos de exclusão da gente, tudo o que nos subalterniza e, a partir disso, construir uma crítica e um saber que possa nos tornar sujeitos de nossas lutas e histórias”, sublinha a estudante, que também escreve regularmente para a Revista Fórum e Brasil Post.

Sobre a importância dos estudos de gênero, Helena destaca os vieses de ferramenta conceitual e contestatória. “Acredito que os estudos de gênero sejam importantes como ferramenta conceitual e epistemológica de contestação de todo um saber ocidental que, apesar de aparentar neutralidade, é binário e machista, produzindo a condição de abjeção e anormalidade para outros sujeitos”, destaca.

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