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Grupos de Pesquisa e Extensão realizam plantio de árvores medicinais e alimentícias em Acarape

Data de publicação  15/04/2016, 09:08
Postagem Atualizada há 9 anos
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Grupos e projetos de extensão realizaram plantio de 20 mudas. Foto: Unilab.

O Grupo de Pesquisa em Biologia Vegetal, por meio do projeto de pesquisa “Etnobotânica em Comunidades Quilombolas” e do projeto de extensão “Compartilhando Saberes sobre as Plantas”, realizou, no último sábado (9), plantio de 20 mudas de árvores de 7 espécies nativas da caatinga, além de mudas de espécies frutíferas exóticas, no município de Acarape/CE. Os projetos de extensão são coordenados pela professora Jullyana Sobczak, do Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR).

Foram contemplados os espaços públicos da Praça Principal, Praça da Matriz, e hospital Dotorzão. As mudas plantadas são espécies citadas como úteis ao ser humano e animais em entrevistas etnobotânicas, realizadas nas comunidades quilombolas de Água Preta e Conceição dos Caetanos, localizadas no município de Tururu, no interior do Ceará, durante o desenvolvimento do Projeto “Uso e Manejo das Plantas em Comunidades Quilombolas” e do Projeto “Etnobotânica em Comunidades Quilombolas”. As mudas para plantio foram produzidas na Fazenda Experimental Piroás, da Unilab, durante o desenvolvimento do Projeto “Compartilhando Saberes Sobre as Plantas”.

Foto: Unilab.

Foto: Unilab.

Usos

As espécies nativas da caatinga plantadas nesta ação foram jucá (Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) L. P.Queiroz var. ferrea), seriguela (Spondias purpurea L.), mofumbo (Combretum leprosum Mart.), caju (Anacardium occidentale L.), pata-de-vaca (Bauhinia sp), pajeú (Triplaris gardneriana Weed.) e pacoté (Cochlospermum vitifolium (Willd.) Spreng.). De acordo com as comunidades quilombolas estudadas pelo Projeto “Etnobotânica em Comunidades Quilombolas”, tais espécies possuem diversos usos, incluindo finalidades medicinais e alimentícias. O jucá (L. ferrea), por exemplo, teve suas sementes e frutos indicados nestas comunidades contra dores no peito e na coluna, dores nas pernas e nos músculos, inflamações, anemia e problemas renais, sendo as folhas e frutos indicados para a alimentação de animais e a madeira citada para a produção de carvão.

A planta pajeú (T. gardneriana) foi citada pelas comunidades estudadas como uma planta medicinal, cuja casca e entre-casca pode ser utilizada na forma de chá e mel contra gripe, febre, tosse e dores nos rins.

Já a espécie mofumbo (C. leprosum) foi indicada na forma de chá das gemas apicais caulinares, folhas e entre-casca contra dor de barriga, verme, gripe e inflamação, sendo a casca do caule citada contra feridas. Os frutos e as folhas desta planta foram indicados para alimento aos animais e a madeira indicada como útil para a produção de carvão, lenha, cabo de foice e enxada.

Os próximos plantios de árvores nativas da caatinga, citadas em entrevistas etnobotânicas realizadas em comunidades quilombolas do Estado do Ceará, serão realizados na comunidade quilombola de Conceição dos Caetanos e nas escolas e quintais dos moradores de Acarape cadastrados pelo projeto. Também estão previstas ações de plantio no município de Redenção.

Foto: Unilab.

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