1º Simpósio Permanente Científico (SPeCIE I) apresenta pesquisas
O 1º Simpósio Permanente Científico (SPeCIE I), realizado pelo Grupo de Pesquisa em Biologia Vegetal – GP-BioloVE, apresentou pesquisas com temáticas relacionadas às Áreas das Ciências Biológicas, Agrárias e demais Áreas de Pesquisa na Unilab, no último dia 30, no auditório didático do Campus da Liberdade.
Segundo o moderador do evento, professor Jober Sobczak, ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Proppg/Unilab), o SPeCie tem o objetivo de apresentar e discutir pesquisas realizadas pela comunidade acadêmica da Unilab, bem como realizar uma maior integração entre as diferentes linhas de pesquisa e pesquisadores, através de palestras que abordem as temáticas estudadas, de forma permanente, em intervalos de 15 a 30 dias, com perspectiva de realização de pelo menos mais 10 eventos no ano de 2016.
As temáticas escolhidas para o 1º Simpósio Permanente são objeto de estudo do projeto de pesquisa “Etnobotânica em Comunidades Quilombolas no Estado do Ceará, Brasil (PIBIC – 2015-2016)”, desenvolvido pelos alunos e coordenado pela professora Jullyana Sobczak, do Instituto de Desenvolvimento Rural da Unilab (IDR).
No simpósio, ministrado pelas estudantes e pesquisadoras, apresentaram-se estudos sobre os recursos vegetais nativos da Caatinga e suas potencialidades de plantas medicinais, tóxicas, repelentes naturais, plantas úteis no paisagismo e arborização urbana e plantas alimentícias não convencionais (PANC).
A pesquisadora Ingrid Beserra, do 10º período do curso de Agronomia, apresentou seu trabalho sobre as espécies vegetais com potencial em arborização, utilizando-se de espécies nativas para melhorar o clima e a temperatura do ambiente. Ingrid percebe sua pesquisa como importante para a preservação dos recursos vegetais da Caatinga, “que estão esquecidos por acharem que as espécies são apenas mato, sem intenção de cultivo, mesmo que tenham potencial”, ressalta.
A pesquisa sobre as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) foi apresentada por Andreza Mendonça, estudante do curso de Agronomia, do 10º período. As plantas possuem potencial para a complementação alimentar, diversificação dos cardápios e dos nutrientes ingeridos e diversificação das fontes de renda familiar, através da venda de partes das plantas ou de produtos processados (geleias, pães, farinha) e do turismo rural ou gastronômico. Muitas das PANC, além de serem ricas em nutrientes e vitaminas, possuem propriedades nutracêuticas e foram servidas no coffee break do Simpósio Permanente.
Concluindo a fase de palestra, a estudante do curso de Agronomia, Evelice Cardoso, desenvolveu sua pesquisa sobre as plantas medicinais, tóxicas e repelentes da Caatinga. Um tema importante para as comunidades que não têm acesso fácil a medicamentos químicos e se utilizam das ervas e madeiras típicas da região em tratamentos médicos. “O estudo dessas plantas, além de comprovar o potencial medicinal, vai indicar o uso adequado para que não cause nenhuma toxidade”, explica Evelice.
O evento contou com a participação de discentes e docentes dos institutos IDR e Instituto de Ciências Exatas e da Natureza (Icen), além de representantes da comunidade externa à Unilab. Dentre os participantes, a antropóloga e professora Joceny Pinheiro, do IDR, relata a importância da abordagem dos temas em relação à utilização das plantas discutidas no seminário, assim também pela sociedade, através das diferentes plataformas de comunicação.
A coordenadora Jullyana Sobczak avalia o 1º Simpósio como muito satisfatório e anuncia a segunda edição, programada para o dia 15 de julho, com abordagem temática sobre Comportamento Animal.
Os interessados em apresentar suas pesquisas nos próximos simpósios devem entrar em contato com os organizadores, os integrantes do Grupo de Pesquisa em Biologia Vegetal da Unilab.