Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidades promove café com estudantes para celebrar o Dia da Mulher Negra e o Dia Nacional de Tereza de Benguela
Na semana em que se celebra o referencial de luta negra feminina, o Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidades promove um café com estudantes que defenderam seus trabalhos de conclusão de curso (TCCs) sobre temáticas que relatam a vida, o cotidiano e o trabalho de mulheres negras no Brasil e na África. O evento acontecerá às 16 horas, nesta sexta-feira (29), no Auditório Administrativo do Campus da Liberdade, em Redenção/CE.
O café congrega estudantes que produziram TCCs sobre a temática das mulheres negras no Brasil e na África. Confira:
“Da raiz até a ponta”: enegrecendo a identidade através do uso do cabelo crespo”, de Honorata Dias, orientada pela professora Violeta Holanda. Concluiu o curso de Especialização em Políticas de Igualdade Racial no Ambiente Escolar – Unilab.
“Blogueiras Negras: vozes feministas na rede como estratégia de resistência, empoderamento e luta antirracista”, de Mona Lisa da Silva, orientada pela professora Vera Rodrigues. Terminou o Bacharelado em Humanidades, terminalidade de Antropologia.
“Estudantes Guineenses na Unilab, Ceará, Brasil: coexistência, representações interétnicas e questões de Gênero”, de Iadira Antonio Impanta, orientada pelo professor Carlos Subuhana, no Bacharelado em Humanidades, terminalidade de Sociologia.
Dia de luta
Em 25 de julho comemora-se, em todo o Brasil, o Dia Nacional da Mulher Negra. A lei federal nº 12.987/2014 instituiu a data inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, criado em julho de 1992 como um marco internacional da luta e resistência da mulher negra no mundo. Nessa mesma data comemora-se o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso, durante o século XVIII.
Segundo fatos históricos, Tereza de Benguela foi esposa de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho (ou do Quariterê), entre o rio Guaporé (a atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a atual cidade de Cuiabá. Com a morte de José Piolho, Tereza se tornou a rainha do quilombo e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770. A estrutura política, econômica e administrativa do quilombo foi comandada pela “Rainha Tereza”, assim como ficou conhecida, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou resgatadas das vilas próximas.