Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Durante toda a semana, Unilab realiza uma série de atividades em alusão ao Dia Internacional da Mulher

Data de publicação  10/03/2017, 15:37
Postagem Atualizada há 7 anos
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Integrante do Afoxé Omõrisá Odém, sob a chuva e com o filho no colo, saiu em cortejo pela ruas de Redenção.

Integrante do Afoxé Omõrisá Odém, sob a chuva e com o filho no colo, saiu em cortejo pela ruas de Redenção.

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), por meio da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura (Proex), organizou, durante a semana comemorativa ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), uma série de atividades que homenageou e também discutiu questões fundamentais relacionadas as mulheres no século XXI.

Na última terça-feira (7), deu-se a abertura do curso “Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania”, no Auditório do Bloco Didático do Campus da Liberdade, em Redenção/CE. A mesa foi composta pelo Reitor em exercício, Aristeu Rosendo; o prefeito de Redenção, David Benevides; e a professora do Instituto de Humanidades e Letras (IHL/Unilab) e coordenadora do Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidades (NPGS), Violeta Holanda.

Integrantes da mesa durante a abertura do curso “Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania”.

Integrantes da mesa durante a abertura do curso “Defensoras e Defensores dos Direitos à Cidadania”.

Além dessas autoridades, o evento contou com a presença de Maria da Penha, uma farmacêutica brasileira que lutou para que seu agressor fosse condenado, tornando-se referência mundial na luta contra a violência física e simbólica que as mulheres enfrentam diariamente. Em referência à sua determinação e história de luta, foi instituída, em agosto de 2006, a Lei federal nº 11.340, conhecida como “Lei Maria da Penha”.

Segundo a professora Violeta Holanda, a realização e o êxito desse curso é resultado de um trabalho em conjunto. “A gente não constrói nada sozinho ou sozinha, por isso quero deixar meu muito obrigado a Maria da Penha, à parceria da prefeitura de Redenção, à Propae [Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis] e a todos os envolvidos na realização deste curso, que contou com mais de 200 inscritos de todos os municípios da região [do Maciço de Baturité]”, enfatizou Holanda.

Público presente na abertura do curso.

Público presente na abertura do curso.

“Tivemos ainda inscrições fora do nosso Estado, de Foz do Iguaçu, Recife, Salvador e Teresina. Assim, reiteramos nossa luta por justiça, igualdade de gênero e por uma sociedade mais justa e pelo fim da violência contra a mulher”, concluiu.

Para Maria da Penha, o combate à violência contra a mulher passa necessariamente pela implantação e fortalecimento das políticas públicas que propiciem uma rede de assessoramento e proteção às vítimas da violência externa e doméstica. Ela elogiou ainda a iniciativa do prefeito David Benevides, que pretende criar no município de Redenção um Centro de Referência da Mulher.

“O que adianta a gente ter uma lei que é referência mundial, uma das três melhores leis do mundo, no enfrentamento da violência doméstica e não se criar as políticas públicas necessárias para que a lei saia do papel? Só depois de oito anos que a lei foi criada é que as capitais brasileiras passaram a construir seus equipamentos (condições) para a lei começar a funcionar”, destacou Maria da Penha.

Corjeto com Afoxé

A intensa chuva que caiu sobre Redenção na última quarta-feira (8) atrasou, mas não impediu nem arrefeceu os ânimos das servidoras, alunas, professoras, mulheres do município, que saíram em cortejo pelas ruas alagadas de Redenção.

Ainda sob o “manto” da garoa, o Cortejo, que contou com a participação do grupo Afoxé Omõrisá Odé, do bairro Bom Jardim, de Fortaleza/CE, teve sua concentração no Campus da Liberdade. Em seguida, sob o som dos tambores e com palavras de ordem e reivindicação, saiu em direção ao centro de Redenção.

Grupo Afoxé Omõrisá Odé, do bairro Bom Jardim da Grande Fortaleza/CE.

Grupo Afoxé Omõrisá Odém, do bairro Bom Jardim da Grande Fortaleza/CE.

Neste mesmo dia, a Proex, por meio da Coordenação de Arte e Cultura, começou uma mostra especial com filmes sobre o cotidiano feminino “Com mulheres – Mostra de Cinema Feminino”. A mostra tem como objetivo apresentar o trabalho das mulheres no cinema; desde a criação da ideia, do roteiro, da produção, da direção, da realização audiovisual ou da encenação como protagonistas, através do olhar feminino como um todo. A mulher como fonte realizadora da obra cinematográfica em diferentes processos de execução e demandas.

Ação da Cidadania

Hoje (9) acontece a “Ação da Cidadania” oferecendo diversos serviços à comunidade da Praça de Antônio Diogo, em Redenção, a partir das 16 horas, com a participação de estudantes da Unilab e do Grupo de Mulheres Afro-Brasileiras Consciência Negra (GAMB) e serviços de penteados em cabelos afro, além das apresentações artísticas de cantoras da região.

Encerramento

A semana será encerrada amanhã (10), às 10h, com a realização da Audiência Pública: “Dia Internacional da Mulher e Reivindicações dos Equipamentos Públicos da Lei Maria da Penha em Redenção”, na Câmara Municipal de Vereadores do município

No período da tarde do dia 10, ás 19h30, será ministrado o curso de “Defesa Pessoal Feminina: Basta de agressão, prevenir é a opção”, realizado pelo professor e dinamizador, João Mauricio Saraiva Russo.

Docente da Unilab é destaque em série de reportagens

A professora da Unilab, Luma Andrade, do Instituto de Humanidades e Letras (IHL), foi uma das entrevistadas de uma série de reportagens veiculada pelo jornal Diário do Nordeste em alusão ao Dia Internacional da Mulher. A matéria deu ênfase à história de luta e superação por meio da Educação, além de destacar o ambiente de adversidade que marcou sua trajetória.

No Brasil, destacou a matéria, “mais de 90% dos travestis e transsexuais no país não conseguem sequer terminar o Ensino Fundamental. A escola para eles é mais um ambiente hostil. Para ela [Luma] também. Foi preciso por vezes dar dois passos para frente e um para trás para conseguir mudar sua trajetória.”

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