Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Projeto de extensão que engloba diversas linguagens artísticas de origem africana será lançado na próxima terça-feira (16)

Data de publicação  12/05/2017, 17:46
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Resultado da convergência das diversas linguagens artísticas, será lançando na próxima terça-feira (16), a partir das 18h, no Pátio Administrativo do Campus da Liberdade, em Redenção/CE, o “Projeto de extensão: música, literatura, teatro e a nação em África:  sons da diversidade cultural”.

O projeto está inserido no esforço de consolidação e institucionalização do Grupo Vozes d’África, composto inicialmente por cerca de 50 estudantes da Unilab, no Ceará e Bahia, de várias nacionalidades e cursos, com experiência ou interesse em um conjunto vário de linguagens artísticas e seu potencial educativo.

O Grupo Vozes d’África é uma iniciativa que visa a promoção e fortalecemento da integração academica e cultural entre os países da cooperação, articulando a investigação, circulação e produção de linguagens artísticas múltiplas e entrelaçadas, mas com prioridade para a música e literatura como veículos do debate e da reflexão sobre a tensão entre a unidade cultural nacional e a diversidade cultural, especialmente os seus significados identitários, envolvendo todos os países da integração.

Segundo os integrantes, este projeto privilegia a música, por entender que ela se articula transversalmente com uma série de outras linguagens (como o teatro, a literatura, dança e formas específicas das tradições culturais dos diversos países).

Desta forma, espera promover um espaço de reflexão crítica e ação criativa em torno da relação entre os processos homogeneizantes que acompanham o lento processo de estabelecimento das culturas nacionais, por um lado, e a vitalidade e a afirmação da diversidade cultural, por vezes associada a grupos sociais específicos, frequentemente definidos, pelo Estado ou por uma tradição classificatória com origens coloniais, em termos de raça e etnia, por outro.

Sob a coordenação da professora Artemisa Candé Monteiro, do Instituto de Humanidades e Letras (IHL), o grupo vem se reunindo desde outubro de 2016, e fará seu primeiro evento público exatamente nesta terça (16), onde também ocorrerá o lançamento da Sexta Poética. Já esta ação objetiva a promoção e a divulgação  de poesia e dos textos literários dos autores africanos (literatura e outras artes), enfatizando os eixos ensino-pesquisa; criando diálogo entre textos poéticos de diferentes temáticas que falam sobre sociedades africanas e suas diversidades culturais, do processo das independências à atualidade.  As atividades da Sexta Poética, serão realizadas de quinzenalmente sempre no Pátio da Liberdade.

O grupo pretende investigar e promover a produção e circulação de um conjunto múltiplo e inter-relacionado de produtos culturais em uma gama de linguagens artísticas, propondo debates sobre temas sociais urgentes nos diversos países da integração, e buscando uma aproximação com o campo da Educação. A educação para as relações étnico-raciais e as relações de gênero na África também estarão em debate.

“O desenvolvimento desta ação em caráter de Extensão Universitária representa uma possibilidade de aproximar a população do Maciço do Baturité e do Recôncavo Baiano, contextos nos quais a Unilab está inserida, e se propõe a integrar-se com uma melhor compreensão sobre o continente africano enquanto lugar de cultura e história, mas especialmente trazer a esses territórios um canal de diálogo e de identificação com alguns dos elementos integrantes do legado cultural africano junto à formação social e cultural do Brasil, expresso nas formas artísticas”, explica a professora Artemisa Candé Monteiro.

Ainda segundo a professora, “a grande novidade deste projeto, serão as oficinas oferecidas de música, confecções instrumentos musicais, gastronomia, teatro, dança, tranças africanas e percussão, em particular africanos, abertas à comunidade e em especifico à comunidade escolar dos municípios abrangidos pelo projeto”.

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