Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Cultura africana inspira cardápio do Restaurante Universitário (RU)

Data de publicação  26/05/2017, 16:11
Postagem Atualizada há 7 anos
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Restaurante Universitário – Campus da Liberdade

A vida cotidiana da Unilab é espaço que propicia encontro de culturas, experiências diversificadas e de pessoas de inúmeras regiões do Ceará, da Bahia e dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Por isso o cardápio dos Restaurantes Universitários (RUs) busca retratar, de algum modo, essa integração, incluindo, ao longo de todo o ano, opções que se inspiram em pratos típicos da culinária dos países parceiros. Foi o caso da última quinta-feira (25), Dia da África, quando o RU ofereceu aos seus usuários um prato típico cabo-verdiano, a cachupa.

São ainda servidos o Midar-Sin, da culinária do Timor-Leste, composta por carne suína cozida com tempero especial, que leva capim-limão, pimenta e molho de soja; Sate, Caldeirada, Feijoada angolana, Caril de frango, Chep, Frango Zambiano. Entre as guarnições estão a macaxeira cozida no leite de coco, o arroz colorido e o arroz doce.

Nágela Aguiar é nutricionista da Unilab e chefe da Seção de Alimentação e Nutrição, vinculada à Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis (SAN/Coase/Propae). Ela explica que a prestação do serviço de alimentação para os RUs das unidades do Ceará é feita pela empresa ISM Gomes de Mattos, com a equipe de nutricionistas Luaniza Braz  e Hugo Eliachar Duarte e do chefe de cozinha Ewerton da Silva. Antes de produzidos, os pratos são sugeridos e aprovados pela equipe da SAN, com base em experimentos feitos com os próprios estudantes estrangeiros e incluídos semanalmente nas opções de refeições, adequando as quantidades de ingredientes para a produção em grande escala.

Equipe da empresa de alimentação e serviços ISM Gomes de Mattos

Segundo Luaniza Braz, a cachupa é o prato típico de maior aceitação entre os comensais da Unilab, segundo pesquisa realizada. A receita leva como ingredientes feijão, milho, linguiça e demais carnes suínas.

Ela relata que as refeições foram executadas de início com a presença de um chefe de cozinha de um dos países lusófonos e de alguns estudantes que conheciam os ingredientes e tinham noção de sabor, a fim de buscarem a similaridade de sabores, sem sofrer adaptação de ingredientes.

Guarnição feita com macaxeira cozida no leite de coco

Guarnição feita com macaxeira cozida no leite de coco

“A aceitação dos pratos é, em geral, positiva. Não há registros de reclamações nos livros disponibilizados pela empresa, como também no canal ‘Participe’. Sempre pedimos sugestões de novos pratos”, declara Nágela Aguiar, referindo- se ao canal de comunicação direta Participe, lançado pela Pró-Reitoria de Administração (Proad) em setembro de 2016 para registro de elogios, críticas e sugestões sobre alguns dos serviços prestados na Unilab.

A estudante Letícia Franco é uma das apreciadoras dos pratos típicos dos países

A estudante Letícia Franco é uma das apreciadoras dos pratos típicos dos países

É o que confirmam os estudantes brasileiros João Lucas Carvalho e Letícia Franco, do curso de Ciências Biológicas. Para ele, a ideia de implementar, de forma habitual, a culinária dos países africanos no cardápio do Restaurante Universitário (RU) da Unilab. “é uma forma de conhecer melhor e promover a interação entre as culturas, considerando que temos uma similaridade com os amigos africanos, dentre elas o nosso prato tradicional, a feijoada. Poderiam servir diariamente, como segunda opção, os pratos africanos juntamente com o cardápio tradicional”, declara João Lucas.

Já Letícia deixa a dica: “bom seria ter espalhados pelo RU cartazes com informações sobre o conteúdo dos pratos típicos, qual a origem, a composição dos ingredientes, as calorias. Assim impulsionaria o consumo, além de promover a interação e facilitar a escolha das pessoas que nunca saborearam a culinária africana”, sugere.

Lourenço Lopes relata que traz boas lembranças.

Lourenço Gomes, angolano, estudante do curso de Engenharia de Energias, declara que a feijoada brasileira se assemelha à oferecida em Angola, principalmente porque lhe traz a lembrança de sua mãe, que “é a melhor cozinheira neste tipo de iguaria”, destaca.

Equipe da ISM no Restaurante Universitário do Campus da Liberdade, em Redenção/CE

Equipe da ISM no Restaurante Universitário do Campus da Liberdade, em Redenção/CE

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