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Um dia de homenagens e ressignificações às mulheres negras da Unilab

Data de publicação  26/07/2017, 12:10
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Professoras da Unilab e suas Escre(vivência)s

Nesta terça-feira (25), o Grupo de Pesquisa Escritas do Corpo Feminino (Unilab/UFRJ), coordenado pela professora do Instituto de Humanidades e Letras (IHL), Luana Antunes, promoveu o evento “As Pretas na Unilab” no Campus da Liberdade, em Redenção/CE, para comemorar o Dia Nacional de Teresa Benguela e da Mulher Negra (25 de julho), como também o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha.

Dentre as atividades programada pelo evento, a Mesa Escre(vivência) promovida pelas professoras doutoras do IHL, Vera Rodrigues, Rosalina Tavares, Jacqueline Costa e Marina Mello, trouxe aos presentes os relatos de experiências de vida das mulheres negras desde suas origens ancestrais até as cotidianas da atualidade, trazendo atenção à “Rainha Tereza”, ícone da resistência negra no Brasil Colonial, no século XVIII no Vale do Guaporé, Mato Grosso.

Para a professora Marina Mello, a Escre(vivência) evoca a pensar qual o papel das profissionais em uma universidade, no contexto de produção de conhecimento e pensamentos, partindo para um questionamento: “O que me faz tão parecida e diferente ao mesmo tempo?”, expressou Marina, sua inquietação quanto à necessidade de ressignificação de símbolos e signos impostos pela ideologia racista que hierarquiza, classifica, desumaniza, destorce, neutralizada, invisibiliza, e exclui a multiplicidade inerente.

“Somos poucas ainda, mas as poucas de nós podem fazer a diferença e se apropriar este espaço, a Unilab. De suma importância é esta partilha para as nossas alunas em geral e a todas as mulheres negras. Afinal, nós podemos!”, palavras empoderadoras da professora Rosalina Tavares.

“A nossa cor não nos reputa a inferioridade, a incapacidade, a incompetência. O que nos faltam, muitas vezes, são as oportunidades”, declarou Rosalina.

A colaboração emocionada foi da professora Jacqueline Costa, referindo-se a luta da Rainha Tereza tão significativa às mulheres negras do Brasil.

Finalizando o evento, houve a apresentação artísticas das docentes dos cursos de Bacharelado de Humanidades (BHU) e de Letras que recitaram poemas de escritoras negras brasileiras e africanas, fazendo uma reflexão sobre a voz destas mulheres nas artes, na política, como forma de denúncia.

Mestras da Integração Feminina de Capoeira do Ceará

No período da noite, houve a homenagem “Tereza vive!”, a rainha Tereza de Benguela, com desfile subversivo “Preta é linda!”, da guineense Libania Lyra Fernandes e outras estudantes, no questionamento da imagem do Monumento Negra Nua, em frente ao Campus da Liberdade, em Redenção/CE, quanto à falta das vestes. Para finalizar, as Mestras da Capoeira da Integração Feminina de Capoeira do Ceará trouxeram seu ritmo e completaram a homenagem o grupo de percussão “Unisons”, coordenado pelo professor do IHL, Ricardo Nascimento.

 

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