Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Grupos e setores da Unilab divulgam nota sobre suposta depredação do Monumento Negra Nua

Data de publicação  31/07/2017, 11:36
Postagem Atualizada há 7 anos
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A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), por meio das instâncias abaixo assinadas, esclarece – de modo especial à comunidade do município de Redenção/CE –, que não há no exercício de suas atividades acadêmicas nenhuma intenção ou incentivo a qualquer ação de depredação do “Monumento Negra Nua” (1968), situado em frente ao Campus da Liberdade, como cogitado por algumas pessoas.

Na última terça-feira (25), Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra e Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Grupo de Pesquisa Escritas do Corpo Feminino (Unilab/UFRJ), em parceria com outras instâncias da universidade, realizou o evento “As pretas na Unilab”. A proposta foi de promover uma reflexão sobre o protagonismo das mulheres negras na construção da sociedade brasileira, inclusive ao constatar que, embora sua representação esteja no imaginário coletivo do Maciço de Baturité, reforçada pela presença do “Monumento Negra Nua”, não há muitos registros de homenagens às mulheres negras e nem mesmo um maior debate sobre tal representação. Pela presença maciça de mulheres negras em suas diferenças, o evento “As pretas na Unilab” homenageou Tereza de Benguela, conhecida no século XVIII como Rainha Tereza, heroína negra, líder do Quilombo do Quariterê. E foi justamente para pôr em discussão a representação da mulher negra, sobretudo da escravizada, como figura subalterna, que algumas participantes fixaram tecidos que cobriram a nudez retratada no “Monumento Negra Nua”, utilizando fita adesiva que em nada trouxe de dano material ao monumento. Após o evento, todo o material foi recolhido.

É papel da universidade promover a troca de saberes entre a academia e a sociedade e, nesse processo, promover uma visão crítica da realidade e lançar outros olhares que contribuam com a reflexão e o desenvolvimento. Como toda manifestação artística, o “Monumento Negra Nua” pode ser apreciado por diferentes pontos de vista e provocar múltiplas leituras e novos significados.

 

Redenção-CE, 31 de julho de 2017

 

Grupo de Pesquisa Escritas do Corpo Feminino (Unilab/UFRJ)
Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura
Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Estudantis
Centro de Estudos Interdisciplinares Africanos e das Diásporas
Núcleo de Promoção da Igualdade Racial “Kabengele Munanga”
Projeto de extensão universitária Performance da Cultura Afrodescendente

 

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