Unilab emite nota em resposta a matéria veiculada na Folha de São Paulo
Unilab, um patrimônio do
Estado e da sociedade brasileira
Lemos com estranhamento a notícia da Folha de São Paulo, “’Universidade do Lula’ criada para receber africanos vive crise no sertão”, veiculada na última sexta (18).
Uma instituição federal de ensino superior é criada por lei, aprovada no Congresso Nacional por parlamentares de vários partidos políticos. A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) foi criada pela Lei nº 12.289/2010, com a missão institucional de formar pessoas num contexto de integração estratégica entre o Brasil e os demais membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), especialmente os africanos, e promover o desenvolvimento regional e o intercâmbio cultural, científico e educacional. Ela congrega trabalhadores que a constroem há sete anos e cerca de 5.200 estudantes brasileiros e internacionais. Portanto, ela não pode ser reduzida a “universidade do Lula”, numa personificação que ignore a comunidade acadêmica que a constitui e que a vivencia na prática. Ainda mais uma universidade pública, vocacionada a congregar diferentes pontos de vista. A Unilab é do Estado brasileiro – que tem obrigação de prover educação – e, em última análise, do povo brasileiro, que a financia. Os governos e gestores mudam, mas as universidades públicas atravessam gerações provendo formação e pesquisa e se consolidam como patrimônio da sociedade.
A Unilab é também uma universidade interiorizada, empreitada que apresenta diversos desafios geográficos, estruturais, financeiros, socioculturais e políticos. Além disso, problemas orçamentários afetam hoje, em maior ou menor proporção, várias universidades federais. Esses desafios são enfrentados pela responsabilidade de ofertar aos cidadãos que estão distantes das capitais a oportunidade de terem acesso à educação superior.
Tudo isso necessita de uma postura estratégica, comprometida e inovadora do Governo Federal e do Congresso Nacional. A Unilab é uma promissora oportunidade de fazer o Brasil ganhar destaque mundial ao ofertar educação de excelência de caráter internacional, interiorizado e que gera inclusão social.
Preferimos apostar na visão crítica e apurada dos leitores, na compreensão do jornalismo como edição da realidade, que congrega interesses.
Apostamos ainda nos resultados acadêmicos, nas histórias de vida ricas de batalhas cotidianas de nossos estudantes e na superação dos desafios próprios deste projeto ousado. Continuaremos trabalhando arduamente pelos 16 cursos de graduação presenciais e a distância, 5 cursos de especialização e 5 de mestrado; pelos 87 grupos de pesquisa e centenas de projetos de extensão.
Redenção-CE, 21 de agosto de 2017
A Reitoria
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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A Folha de São Paulo repercutiu uma versão resumida da nota (veja no final da página).
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