Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Universidade Brasileira alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

“Ceará 2050” debate políticas para o Maciço de Baturité, na Unilab

Data de publicação  11/06/2018, 12:26
Postagem Atualizada há 6 anos
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O Encontro Regional do Maciço de Baturité – Ceará 2050 começou nesta segunda-feira (11), na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção/CE, e se estende até a terça-feira (12), com extensa programação que inclui palestras e debates em grupos de trabalho temáticos (governança compartilhada, prestação social de serviços, capital humano, setores econômicos e valor para a sociedade).

Com o objetivo de ouvir os anseios da sociedade para as próximas três décadas no estado, o evento agrega governo, sociedade civil, empresários e universidades, já tendo ocorrido nas regiões do Litoral Leste, Centro-Sul, Cariri e na capital, Fortaleza.

O reitor da Unilab, Anastácio de Queiroz, destacou o papel da universidade no desenvolvimento da região do Maciço de Baturité, onde está localizada no Ceará. “É uma universidade jovem e com cursos extremamente importantes para o desenvolvimento da região. A agenda 2050 vem num momento oportuno, porque a Unilab vai poder acompanhar todo o desenrolar. A universidade se sente muito parceira nesse processo e esperamos contribuir para um Ceará melhor, mais humano e dirigido às pessoas que mais necessitam”, declarou.

Representante da Plataforma Ceará 2050, Airton Montenegro conduziu a apresentação sobre o Plano Estratégico para o estado. “Vai além de um mero estudo. A plataforma pretende criar um ambiente para a iniciativa e implantação das mudanças. É um engajamento do setor produtivo, sociedade civil e governo num processo para garantir condições melhores para os próximos 30 anos”, explicou.

Antes de pensar os projetos futuros, a plataforma investe em um diagnóstico da atual situação do estado, passando por dimensões econômicas, ambientais, social, territorial e institucional, tendo como diretrizes a ruptura de um cenário, o engajamento, a regionalização e a transetorialidade. “Nesse sentido, é grande a importância das universidades para fazer o diálogo entre população e conhecimento técnico”, destaca Airton Montenegro.

O itinerário da plataforma consiste em diagnóstico (em fase de conclusão); busca de exemplos e expectativas; definir o que se quer para 2050; projetos e compartilhamento/governança.

Cenário

Airton Montenegro apontou que há um consenso histórico da industrialização e saúde fiscal como promotores do desenvolvimento. No Ceará, observa-se uma grande participação dos Serviços no Produto Interno Bruto (PIB) e menor relevância da Agricultura e Indústria, além de prevalência do capital humano sobre o capital físico (estrutura para produção).

Por outro lado, o estado tem sido referência em políticas públicas em Educação, Saúde e Recursos Hídricos. “Muda gestão, mas políticas permanecem”, frisou. Já a desigualdade social e a Segurança Pública são apontadas como principais entraves ao pleno desenvolvimento no Ceará.

No Maciço de Baturité, 18,9% do PIB provém da Agropecuária, percentual que supera a média do restante do estado. A região será beneficiada pela Ferrovia Transnordestina, ainda em construção, o que pode alavancar o desenvolvimento.

Sobre o Ceará 2050

Uma iniciativa da Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará (Seplag) e do gabinete do governador, a plataforma é coordenada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) via Associação Técnico-Científica Engenheiro Paulo de Frontin (Astef).

Lançada em outubro de 2017, tem por objetivo discutir alternativas para o desenvolvimento econômico, sustentável e social do Ceará nos próximos 30 anos, em 14 regiões de Planejamento em todo o estado.

Até o dia 30 de junho, uma consulta pública online está disponível à sociedade,
no endereço participe.ceara2050.ce.gov.br. No site também está disponível parte dos diagnósticos feitos até agora.

 

 

 

 

 

 

 

 

Oficinas mostram percepção popular sobre áreas de atuação do governo

O segundo dia de “Ceará 2050” utilizou a metodologia das oficinas para incentivar ainda mais a participação dos moradores do Maciço de Baturité. O público foi dividido em três grupos: “Ceará Acolhedor e Pacífico”; “Ceará Conhecimento/Oportunidades”; e “Ceará Saudável/Sustentável”.

As três grandes áreas dão conta de várias temáticas, como Agricultura Familiar e Agronegócio, Indústria, Infraestrutura e Mobilidade, Turismo, Trabalho e Renda, Empreendedorismo, Pesca e Aquicultura, Requalificação Urbana, Recursos Hídricos, Meio Ambiente, Energias, Educação Básica, Profissional e Superior, Cultura, Saúde, Esporte e Lazer, Saneamento Básico, Justiça e Cidadania, Segurança Pública e Política sobre Drogas.

Nos grupos, os participantes mediram o nível de satisfação com as políticas adotadas pelo governo, debatendo ainda como o cenário pode ser melhorado. Ao final do dia, refez-se a plenária geral e os grupos socializaram entre si as ideias e discussões em cada temática.

 

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