Unilab promove “Ação mares limpos e conservação marinha”
No último sábado (22), o Grupo de Pesquisa em Biologia Vegetal da Unilab realizou uma coleta de resíduos sólidos na praia de Flecheiras, município de Trairi/CE. A ação está inserida nas atividades do Projeto de Extensão “Algo chamado alga: a fazenda de algas marinhas de Flecheiras e Guajiru e seu potencial ambiental, econômico e social”, coordenado pela professora Eveline Aquino, do Instituto de Desenvolvimento Rural da Unilab (IDR), em parceria com a Associação de Produtores de Algas de Flecheiras e Guajiru (APAFG).
A atividade faz parte de uma ação da ONU Meio Ambiente, que durante o mês de setembro tem incentivado diversas instituições a promoverem a campanha Mares Limpos.
Estiveram envolvidos na ação 16 alunos da Unilab, dos cursos de Agronomia, Ciências Biológicas, Matemática, Engenharia de Energias e Humanidades, além de alunos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Ceará (UFC). Todos atuaram como pesquisadores voluntários, na mobilização de turistas, na coleta, separação seletiva e quantificação dos resíduos sólidos dispersos na faixa de areia, em uma extensão de cerca de 2 quilômetros e 600 metros.
A professora Eveline Aquino destacou a contribuição da campanha Mares Limpos. “É um dos programas internacionais de meio ambiente mais inspiradores e efetivos que existe. É a partir dos dados gerados por esse tipo de programa que são estimados que, em até 2050, poderemos ter mais plásticos do que peixes no mar”.
Além disso, Eveline ressaltou a atuação da Unilab em ecossistemas costeiros: “por mais que a Unilab esteja localizada no interior do estado, é importante que nossos alunos tenham a consciência de que o copo descartável que é jogado aqui na calçada de Redenção, por ação da chuva e de ventos, alcança o rio Pacoti, o qual transporta esse lixo até as praias. O mesmo lixo é levado pelas correntes oceânicas para outras partes, até mesmo para praias de outros continentes”, acrescentou.
Como resultados, a equipe enumerou e quantificou os oito principais componentes do lixo na praia de Flecheiras: garrafas PET, embalagens de alimento, tampas de garrafa, copos, vidro, corda, sacos e sacolas. Além disso, para a ação, o bolsista do Projeto de Extensão, André da Costa Silva, discente do curso de Agronomia, relatou a dificuldade em mobilizar os turistas, mas, em contrapartida, “uma luz no fim do túnel nos surgiu com o Felipe, de 5 anos de idade, que estava fazendo a sua parte bem antes de nos encontrarmos, recolhendo o lixo ao caminhar na praia com a sua mãe, estimulado pela divulgação da campanha na sua escola”.
Para finalizar, junto à APAFG, foi realizada uma roda de conversa sobre poluição plástica e conservação da biodiversidade marinha. “A APAFG atua de forma equilibrada no local e, por isso, consideramos o seu potencial ambiental, social e econômico: é da pesca artesanal e do cultivo de algas que retira parte suas economias, além de viabilizar o desenvolvimento social das comunidades locais e, tudo isso, com base na sustentabilidade ambiental. Porém, a pesca e a fazenda marinha de algas tendem a ser afetados com o excesso de lixo nas praias, principalmente os plásticos, o que compromete uma das principais fontes de renda das famílias que sobrevivem dos recursos marinhos”, explica o bolsista.
Os demais resultados da atividade estão sendo processados pelo bolsista e, portanto, mais detalhes serão divulgados na próxima edição do Boletim da Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura (Proex). Para acompanhar a campanha internacional nas redes sociais, procure por #SemanaMaresLimpos.