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Estudantes do curso de Letras do Campus dos Malês são aprovados em mestrados

Data de publicação  27/11/2018, 10:38
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O curso de Letras do Campus dos Malês da Unilab, em São Francisco do Conde/BA, forma sua primeira turma nesta sexta-feira (30) e já colhe os primeiros frutos: dois estudantes obtiveram aprovação em reconhecidos programas de pós-graduação. É o caso de Baticã Mané, que cursará mestrado em Letras na Universidade de São Paulo (USP) e Jerónimo Pereira, aprovado para o mestrado em Linguística na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Baticã é da Guiné-Bissau e conta que conheceu a Unilab por meio de um amigo. “Acredito que a minha trajetória na Unilab foi bastante positiva. Hoje, faço uma retrospectiva da minha vida acadêmica durante a graduação, vejo que cresci muito; cresci não somente em nível acadêmico, mas também como pessoa e isso só foi possível graças a excelentes professores que a nossa casa tem. Sim, nossa casa, pois considero a Unilab uma casa para mim”, afirmou.

No mestrado, o pesquisador estudará reduplicação no guineense moderno. “Reduplicação é um processo morfológico tendo em vista que se trata de afixação, podendo a palavra reduplicada ser linearmente ligada antes (um prefixo), depois (um sufixo) ou no meio (um infixo) da palavra base. A nossa proposta é estudar esse processo no guineense com intuito de saber de que maneira ela se comporta”, explica.

Orientadora de Baticã em projeto de iniciação científica e no trabalho de conclusão de curso (TCC), Shirley Freitas destaca a aptidão do estudante para a pesquisa em Linguística. “O que mais me chama atenção é o fato de ele não se acomodar em ser falante do guineense. Pra ele, isso foi um elemento a mais que vai ajudar no estudo, mas ele não acha que o fato de ser falante nativo é o suficiente, eu vejo nele um verdadeiro linguista. Dá pra ver bem que ele tem muitos insights enquanto linguista – claro que conhecer a realidade da Guiné ajuda muito, mas eu consigo ver que ele faz um link com muitas coisas que ele veio estudando em sua trajetória como estudante. Então ele consegue pegar muitos desses conceitos e aplicar”, destacou.

O pesquisador guineense foi aprovado ainda no mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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