Projeto de Extensão leva agricultores de Pacajus para intercâmbio em Itapipoca e Trairi
O Projeto de Extensão “Desenvolvimento participativo de sistema agroflorestal: alternativa para produção sustentável da agricultura familiar” promoveu, no fim do mês de novembro, mais um intercâmbio e troca de saberes envolvendo agricultores da comunidade de Umari, município de Pacajus/CE.
A atividade teve a participação de 14 agricultores, um pesquisador da Embrapa e uma técnica do Cetra, além da equipe do projeto, composta por três discentes e uma docente do curso de Agronomia da Unilab. A visita foi realizada em dois municípios: assentamento Várzea do Mundaú, em Trairi/CE, que consiste em uma unidade produtiva agroecológica (florestação), e um quintal produtivo localizado na cidade de Itapipoca/CE.
O Projeto de Extensão é coordenado pela professora Maria Ivanilda de Aguiar, vinculada ao Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR), e busca promover a troca de experiências entre agricultores, por meio de visitas às áreas produtivas. Nesses momentos, é feito o diálogo por meio de rodas de conversas sobre a transição do modelo convencional para formas de cultivo conservacionistas e agrobiodiversos.
A troca de experiências
No assentamento Várzea do Mundaú, os agricultores da comunidade de Umari foram recebidos pelo casal Francisca Menezes e José Júlio, que possuem uma unidade de produção agroecológica. Houve uma breve introdução sobre o histórico da área, com ênfase nos princípios adotados para a realização do sistema agroecológico.
Para o agricultor José Júlio, este modelo implantado permitiu que a família obtivesse uma geração de renda, além de produzir alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos.
As visitas
As visitas às áreas de produção tiveram início no quintal produtivo, onde José Júlio mostrou diversos cultivos, como: alface, coentro e cebolinha, além da criação de animais, produção de mel de abelha e produtos que são comercializados na feira de Itapipoca.
No segundo momento, a visita continuou no cultivo de sabiá, onde o agricultor ressaltou a importância dos tratos culturais e a potencialidade da cultura para os agricultores de Umari. Próximo à área sob cultivo de sabiá, José Júlio mostrou a área que cultiva em sistema agroflorestal, destacando a existência de aproximadamente 54 espécies de plantas.
Outra visita ocorreu na propriedade de Inácia Patrícia e Marcos Manuel. Após uma roda de conversa, os participantes conheceram o quintal produtivo, onde foi apresentado o plantio de mandioca em sistema agroflorestal, com a presença de algumas espécies nativas do bioma caatinga, forrageiras e frutíferas. Além da produção de mudas, é muito utilizado o subproduto do caju, para a produção de cajuína, geleia e doce.
Finalizando a atividade, uma roda de conversa permitiu a exposição dos aprendizados, sendo destacadas as experiências adquiridas, ao longo do percurso sobre os cultivos agrícolas, manejo e aplicação, além das potencialidades de cada cultura. Foi ressaltada a importância do sistema agroflorestal, tendo em vista ser uma produção mais sustentável.