Lançada Liga Acadêmica de Segurança Medicamentosa da Unilab
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) lançou, no último dia 13, a Liga Acadêmica de Segurança Medicamentosa (Lasmed). Integrada por doze estudantes dos cursos de Enfermagem e Farmácia, a liga tem como coordenadora a professora Edmara Chaves e desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Coordenadora do curso de Enfermagem, Patrícia Freire destacou a importância da interdisciplinaridade na formação dos estudantes. “Momentos de interdisciplinaridade são benéficos e têm que começar na graduação. Nunca se falou tanto da perspectiva de extensão como se tem falado agora e o tema da segurança do paciente precisa sair dos muros da universidade”, disse. Patrícia é coordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão em Qualidade dos Serviços de Saúde. “Segurança é um dos pilares da Qualidade e ainda se erra muito na questão medicamentosa”, pontuou.
O estudante de Enfermagem e químico Rubens Alves é presidente da Lasmed e destacou que a liga nasceu a partir de várias atividades no contexto do 3º desafio global “Uso seguro de medicamentos”. “A liga acadêmica une ações de educação em saúde, cursos/minicursos, encontros das ligas acadêmicas, jornadas acadêmicas, congressos, enfim, ensino, pesquisa e extensão. Diversas ações vêm sendo desenvolvidas desde 2012, entre elas o projeto de extensão ‘Segurança do Paciente na APS (cartilha educativa)’, a especialização ‘Prevalência dos eventos adversos associados a medicamentos na APS’ e a promoção da segurança medicamentosa na APS: aconselhamento a pessoa idosa”, enumerou.
Práticas inseguras e erros de medicação
A professora Stella Maia, recém-chegada à Unilab, proferiu a palestra magna de lançamento da Lasmed, intitulada “Medicação sem danos: todos pela segurança medicamentosa”.
As práticas inseguras e erros de medicação são algumas das maiores causas mundiais de danos evitáveis ao paciente, sendo que pacientes de países em desenvolvimento costumam sofrer o dobro de ocorrências. Apesar disso, pesquisadores têm demonstrado que apenas 10 a 20% dos incidentes são relatados.
Os erros de medicação podem ocorrer em qualquer dos processos que constituem o circuito do medicamento e podem ser de diferentes tipologias, como erros de prescrição, erros de transcrição, erros de distribuição/dispensa/dispensação, erro de preparação e erro de administração.
Os enfermeiros, de forma habitual, utilizam mecanismos de segurança, designados como “certos”. O protocolo de segurança no Brasil visa a utilização de “sete certos”: “paciente certo”, o “medicamento certo”, na “dose certa”, pela “via certa” à “hora certa”, a “documentação certa (registo certo)” e a “razão certa”.
“Admitir a possibilidade de ocorrência de erros de medicação em todas as fases do processo de utilização do medicamento é o primeiro passo a seguir pelos profissionais de saúde no caminho para a melhoria da segurança do paciente”, explica Stela. Ela exemplifica que uma comunicação mais eficaz com os pacientes já diminuiria muitos riscos, devendo o profissional de saúde informar o que vai ser administrado e envolver o paciente, explicando como ele vai tomar a medicação.