Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
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Servidor da Unilab, Nixon Araújo abre exposição “Mosaicos de Papel”, no portal do Cineteatro São Luiz

Data de publicação  15/12/2021, 15:46
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Nixon Araújo abre exposição Mosaicos de papel no portal do Cineteatro São Luiz. Foto: Chico Gomes.

A exposição “Mosaicos de Papel: Experiência do Sagrado”, do servidor técnico-administrativo da Unilab e artista visual Nixon Araújo, é um apanhado de obras feitas de papel e cola, de caminhadas iniciadas e construídas nas Comunidades Eclesiais de Base, na Catequese no José Walter e bairros da periferia de Fortaleza/CE. Estará disponível a partir do próximo dia 18 de dezembro no portal do Cineteatro São Luiz, com apoio da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult/CE).

Quatro núcleos temáticos refletem a experiência do autor com o sagrado e com o humano presentes no mistério da iconografia, na experiência celebrativa e na espiritualidade cristã: “Luzes do Natal: um Menino nos foi dado”; “KAIRÓS: tempvs Domini”; “Mater Dei”; e “O Cristo, os Santos e os Arcanjos”.

Nixon Araújo está lotado na Pró-Reitoria de Extensão, Arte e Cultura da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Proex/Unilab), onde ingressou em 2015, atuando com produção cultural, majoritariamente. Trabalha com colagem desde quando era agente de pastoral nas Comunidades Eclesiais de Base e na Catequese do Conjunto Habitacional Prefeito José Walter. Aprendeu a fazer os cartazes a partir de revistas velhas, que ecoavam a Palavra da Boa Nova e que, com o tempo, foram se transformando em pequenos mosaicos de papel que davam cor e vida aos ícones, com cenas do Evangelho do Domingo, celebração da partilha e da luta da Comunidade. Já desenvolveu trabalhos e oficinas de colagens com a técnica Mosaicos de Papel na Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza, Unilab, Editora Casa do Conto, Associação dos Amigos de Guaramiranga, Bienal Internacional do Livro e Salão de Abril do Ceará.

O artista visual conta que houve um novo despertar para a arte no contexto pandêmico. “Passei muito tempo com o meu ser artista guardado. Cola, tesoura e papéis esquecidos em uma gaveta. (…) Eis que em 2020, assolados pela Pandemia de Covid-19, fomos jogados numa dobra do tempo e foi aí que deparei novamente com a minha arte e meus pequenos recortes de papel. Durante o isolamento social resolvi retomar obras que estavam inacabadas”, disse. Durante o isolamento, experimentou uma volta ao engajamento pastoral e à comunidade cristã, produzindo, toda semana, um ícone para ilustrar o evangelho do domingo, dando origem à exposição “KAIRÓS: tempvs Domini”.

“A minha obra é toda feita de material reciclável. São pequenos pedacinhos de papel que vão sendo colocado e sobrepostos um a um, formando um grande mosaico que retrata os mistérios da encarnação e o mistério do humano que se recicla e se refaz e, que às vezes se quebra em pedacinhos e precisa se colar de novo para continuar a caminhada. Diante do convite do Cineteatro São Luiz, para expor minhas obras, vejo que a arte e o sagrado seguem se fundindo na vida de todos nós”, arremata.

Luzes do Natal: um Menino nos foi dado

Para o professor Lucineudo Irineu, 35 anos, pai do Messias e do Jonas, adotados aos 7 e aos 13 anos, respectivamente, que escreve sobre um dos núcleos da exposição, a experiência do Natal em família é tão diversa quanto a constituição da família em si, o que estaria retratado sensivelmente na exposição de Nixon Araújo. “Como pai adotivo que abre seu coração e seu lar para receber amor do filho, José nos ensina o valor da adoção como fonte de afeto incondicional. E assim seguem as famílias no Advento de seus lares, entre cortes e recortes de afetos, como nas obras que vemos aqui. Vida longa a seu artista!”, declara.

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